sábado, 27 de agosto de 2016

RIO DE JANEIRO REGISTROU 17 HOMICÍDIOS NOS 16 DIAS DE JOGOS OLÍMPICOS, NO MESMO PERÍODO FORTALEZA (CE), CONTABILIZOU 59

Número de assassinatos em Fortaleza é mais que o triplo do que acontece na cidade do Rio

O jornal carioca Extra divulgou, no dia (23), o resultado de um levantamento que apontou o registro de 17 homicídios na cidade do Rio de Janeiro entre os dias 5 e 21 de agosto, quando aconteceram os jogos olímpicos Rio-2016. Neste período, outras 18 pessoas foram baleadas e, entre as vítimas, estão 15 policiais, sendo quatro mortos e 11 feridos. Já em Fortaleza, no mesmo intervalo de 16 dias, nada menos, que 59 pessoas foram assassinadas.

O índice de homicídios na Capital cearense no período analisado, portanto, é mais que o triplo do que aconteceu na sede das Olimpíadas 2016. E com um agravante: enquanto Fortaleza possui uma população estimada em 2,4 milhões habitantes (dados do IBGE de 2010), a do Rio é de 6,3 milhões, que foram acrescidos de mais 1,7 milhão de turistas brasileiros e estrangeiros.

Enquanto na cidade do Rio os tiroteios que causaram as 17 mortes se restringiram a áreas críticas onde ocorrem constantes embates entre as forças policiais e traficantes de morros e comunidades periféricas; em Fortaleza, os 59 assassinatos aconteceram em praticamente toda a cidade, com registros nas seis Áreas Integradas de Segurança (AIS).

Mesmo contando com o aparato das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança, além de reforços das polícias Federal (PF) e Rodoviárias Federal (PRF), o Rio não conseguiu frear o ímpeto dos traficantes em áreas consideradas “pacificadas”. Tiroteios ocorreram embora que bem longe dos setores onde foram instalados os centros de competições.

Na Capital cearense, a matança desenfreada não aconteceu por conta de nenhum evento extraordinário que mudasse a rotina da cidade. Não. Os 59 assassinatos fazem parte da rotina diária da violência da Capital mais sangrenta do País.

Postos os números, não há o que se discutir ou duvidar quanto à constatação de que o plano de Segurança Pública para a cidade fracassou. Não consegue reduzir a criminalidade.

Com o fim da “trégua” que havia sido celebrada - e ostensivamente comemorada – entre as facções criminosas em diversos bairros, Fortaleza volta a registrar as altíssimas taxas de homicídios dos últimos seis anos, que a fizeram ser a Capital mais violenta do mundo.

AUTOR: BLOG DO FERNANDO RIBEIRO

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