sábado, 12 de dezembro de 2015

PF INVESTIGA DESVIOS DE R$ 200 MILHÕES EM OBRAS DA TRANSPOSIÇÃO DO SÃO FRANCISCO

A investigação aponta que empresários utilizaram empresas de fachada para desviar verba/CADU GOMES/FOTOS PÚBLICAS/AGÊNCIA PT

A Polícia Federal deflagrou a ''Operação Vidas Secas – Sinhá Vitória'', nesta sexta-feira, 11, para investigar superfaturamento das obras de engenharia feitas por empresas em dois dos quatorze lotes da transposição do rio São Francisco. São cumpridos 32 mandados judiciais no Ceará e em outros sete estados, além do Distrito Federal.

Segundo a PF, foram mobilizados 150 policiais federais para o cumprimento dos mandados, dos quais são 24 de busca e apreensão, quatro de condução coercitiva e quatro de prisão temporária. A investigação aponta que empresários do consórcio OAS/Galvão/Barbosa Melo/Coesao, responsável pela obra, utilizaram empresas de fachada para desviar cerca de R$ 200 milhões das verbas públicas destinadas à transposição do rio em trecho que vai do agreste de Pernambuco até a Paraíba.
Até o momento, os contratos suspeitos já estão na ordem de R$ 680 milhões. Os investigados podem responder por associação criminosa, fraude na execução de contratos e lavagem de dinheiro. Os outros estados em que a operação ocorre são: Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia.

Nome da operação
A PF explicou que o nome da operação, Vidas Secas - Sinhá Vitória, representa a mulher do sertão, que não se rende à miséria. Uma personagem descrita no livro Vidas Secas, de Graciliano Ramos, como uma mulher forte, que fazia as contas do pagamento recebido do dono da fazenda onde trabalhavam sempre chegando à conclusão de que eram roubados.

Lava jato
As investigações também apontaram que algumas empresas ligadas à organização criminosa estariam em nome de um doleiro e a um lobista investigados na Operação Lava Jato. Eles seriam Alberto Youssef e Adir Assad, que foram presos e condenados por envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras.

Para os desvios, segundo o 'O Estado de S. Paulo', eram usadas empresas de ambos, como a MO Consultoria, de Youssef.

AUTOR: O POVO

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