A dona de casa Dinorá Cavalcante ainda tenta se recuperar do susto, o filho dela tem apenas oito meses. Ele estava no colo da mãe quando a tentativa de sequestro aconteceu, no cruzamento das Ruas Rio Grande do Norte e Estado do Rio.
“Dois rapazes de moto preta me abordaram e disseram para eu passar meu filho. Eu atordoada não entendi e disse que não ia passar. Vocês podem me matar. Eu não vou passar meu filho. Aí eu corri”, disse.
Ela conta que, logo depois, voltou pra casa e ligou pra polícia. Uma equipe da Polícia Militar foi até lá e pegou os detalhes da ação. No dia seguinte, Dinorá registrou o Boletim de Ocorrência na Delegacia do Panamericano. “Quando eu cheguei na delegacia eles disseram que era a primeira vez que tinha registrado o B.O. Somente de relatos”
Na rua onde a dona de casa mora há muitas crianças. Depois do incidente, as mães e responsáveis passaram a ter ainda mais cuidado. Caso da Rosalia da Rocha, que tem três netos. De 9, 10 e 14 anos. “Agora os meninos não saem de casa. Todos estão com medo”, afrimou.
Segundo a polícia, esta seria a terceira tentativa de sequestro de criança em Fortaleza somente nas duas últimas semanas. As ações foram registradas em diferentes áreas da cidade. De acordo com o depoimento das vítimas, foram dois homens em uma moto que agiram em todas as situações, mas em nenhuma delas a dupla conseguiu levar as crianças.
No Bom Jardim, Alice Barbosa conta que foi por pouco. “Eles chegaram também de moto e gritando 'passa a sua menina'. Segurando o braço dela. E fazendo gesto de quem estavam armados”
O outro caso foi no Bairro Parangaba. Todas as mães registraram o B.O. nas delegacias dos Bairros. Mas a titular da Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (dececa), Ivana Timbó, alerta para a importância da delegacia especializada ser acionada pra facilitar as investigações.
"O que mais me chama atenção é que já houve três casos. E que essa dupla nunca consegue levar as crianças. Graças a Deus não conseguiram. A importância é que o Dececa conheça esses depoimentos e os Boletins de Ocorrência. Mais detalhes para que nós possamos identificar e começar as investigações", disse.
AUTOR: G1/CE
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