A paralisação de um dia foi convocada para pedir a redução ou a eliminação de um imposto aplicado sobre os salários.
O jornal “Clarín” dá como certa greve total nos transportes coletivos, como ônibus, metrô e trens, e também no serviço de caminhões. Os taxistas aderiram à paralisação parcialmente. O movimento afetará também a aviação comercial e de cargas. Segundo a Federação Marítima e Portuária, não haverá atividade nos portos.
O protesto deverá frear ainda os serviços de abastecimento de combustíveis, recolhimento de lixo, além dos setores médico, bancário e de alimentação, entre outros.
Devido à greve, as companhias aéreas TAM, Gol e Lan Chile anunciaram, na segunda-feira (30), o cancelamento dos voos procedentes e para a Argentina.
Um balanço vai ser divulgado pelos sindicatos que lideram as paralisações por volta de meio-dia. Outro balanço será finalizado no final da tarde desta terça.
Partidos de esquerda anunciaram que tentarão formar piquetes em acessos à capital federal, mas sem contar com o apoio dos sindicatos convocadores, que não farão comícios e passeatas.
Imposto
O governo diz que o aumento nos impostos é necessário. O chefe de Gabinete, Aníbal Fernández, criticou nesta segunda os grevistas. “Que país lindo seria se não houvesse nenhum imposto! Mas isso é impensável. Este imposto é cobrado no mundo todo”.
Segundo o ministro da Economia, Axel Kicillof, o imposto não será modificado porque “afeta uma minoria que ganha mais”, cerca de 850 mil trabalhadores sobre uma força de 11 milhões de assalariados, segundo estimativas oficiais.
O imposto é aplicado progressivamente sobre os salários superiores a 15.000 pesos (US$ 1.700) até uma alíquota máxima de 35%.
No fim do ano passado, o governo conseguiu que os sindicatos suspendessem uma greve parecida, ao anunciar que o rendimento médio de dezembro seria isento de imposto de renda.
O governo se reuniu nesta segunda-feira com empresários do transporte para obter a garantia de um serviço mínimo, sob a ameaça de sanções. Mas os sindicatos responderam com dureza contra o que entenderam como uma provocação e anunciaram que, se suas demandas não forem atendidas, será feita uma nova greve, desta vez por 36 horas.
“Precisamos de um espaço para o diálogo. E se continuarem com as provocações e sem dar respostas às reclamações, as medidas de força vão aumentar”, afirmou o líder do sindicato de caminhoneiros e integrante de uma central trabalhista opositora, Hugo Moyano.
AUTOR: G1/SP
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