No mês passado, foram 308 CVLIs registrados no Ceará. Em agosto de 2013, haviam sido 365 casos contabilizados. O resultado supera em 9,6% a meta de diminuição estabelecida pela pasta, que é de 6%. Segundo a SSPDS, foram salvas 57 vidas durante o período.
Em números absolutos, o mês de agosto deste ano alcançou o melhor índice desde abril do ano passado, quando ocorreram 297 CVLIs registrados, conforme tabela estatística no site da pasta.
Áreas
Em Fortaleza, a redução de mortes foi de 7,8%, caindo de 153 CVLIs registrados em agosto de 2013, para 141, no oitavo mês deste ano. Já na Região Metropolitana, a diminuição foi de 28,4%, reduzindo de 81 crimes em agosto do ano passado para 58 em agosto último. Já no Interior Sul, a queda foi de 27,1%, passando de 85 mortes para 62 casos em agosto de 2014. No Interior Norte, houve um acréscimo de 2,2%, indo de 46 para 47 CVLIs.
Já nas 18 Áreas Integradas de Segurança (AISs) que dividem o Estado, em 10 foi registrada redução dos Crimes Violentos Letais Intencionais. Cumpriram as metas da Secretaria as AISs 4, 5, 7, 9, 10, 11, 14, 15, 16 e 17.
Por sua vez, as AISs 1, 2, 3, 8, 12, 13 e 18 apresentaram aumento nos números. A Área 6 registrou a mesma quantidade de mortes de agosto de 2013.
A Área que apresentou mais mortes foi a AIS 2 (Antônio Bezerra, Autran Nunes, Dom Lustosa, Padre Andrade, Pici, Bonsucesso, Henrique Jorge, João XXIII, Jóquei Club, Parque São José, Vila Pery, Conjunto Ceará I e II, Genibaú, Granja Portugal, Bom Jardim, Canindezinho, Granja Lisboa, Siqueira). Foram registradas 39 mortes em agosto desse ano, contra 36 ocorridos ano passado. Já na AIS 7 (Caucaia e São Gonçalo do Amarante) ocorreu a maior redução entre todas as Áreas. Em 2013 foram 34 crimes, enquanto este ano ocorreram 15, queda de 55,9%.
Resultados
O secretário-adjunto da SSPDS, Wilemar Rodrigues Júnior, creditou os resultados ao empenho dos agentes de segurança, aliado à compreensão da ideia do programa proposto pela pasta.
"Quando foi implantado o programa 'Em defesa da vida', tínhamos uma convicção de que, com a divisão do Estado em AISs, e a integração das forças policiais, o combate à criminalidade, em especial os CVLIs, esses números cairiam. Claro que isso levaria algum tempo, pois não acontece em passe de mágica. Precisávamos que esse programa fosse internalizado, que a ideia fosse internalizada de que a presença do policiamento nas localidades nos locais e dias da semana em cima de números estatísticos evitaria a ocorrência de crimes", afirmou.
Rodrigues disse, ainda, que os resultados do mês de agosto desse ano surpreenderam positivamente a Secretaria. "Já tínhamos enxergado uma desaceleração nos Crimes Violentos Letais Intencionais, que veio a ser constatada em agosto. Tínhamos a convicção de que isso aconteceria. Mas os números foram bem superiores do que esperávamos", admitiu.
A SSPDS acredita que a queda na quantidade de mortes irá continuar nos próximos meses. Mais ações estão sendo pensadas e desenvolvidas, segundo o secretário adjunto. "Vamos continuar com esse monitoramento semanal e o acompanhamento diário que fazemos desses números, realizando operações como as que a gente vem fazendo. Essas operações têm contribuído bastante para a redução da criminalidade, em especial dos homicídios, pois sabemos da ligação umbilical do tráfico de drogas com os homicídio e essa atuação conjunta é de fundamental importância", afirmou.
O secretário-adjunto comparou o combate ao crime ao processo de aprendizado. "Não podemos baixar a vigilância pois nosso trabalho é como andar de bicicleta. Se deixar de andar, você cai. Estamos 24h olhando onde está a mancha criminal", salientou Rodrigues.
Responsável por investigar os crimes no Ceará, o diretor da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, delegado Ricardo Romagnoli, destacou os trabalhos feitos na captura de suspeitos. "Em agosto, realizamos 26 prisões, seja em flagrante ou em cumprimento de mandado de prisão. Até o dia 10 de setembro, prendemos nove pessoas. Nossa média tem sido de praticamente uma pessoa por dia, nos últimos dois meses. Creditamos a diminuição das mortes a este trabalho integrado entre as forças de segurança. Na DHPP, o trabalho de investigação vem sendo exercido de forma incansável e constante pelos delegados, inspetores e escrivães", argumentou.
AUTOR: DN
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