quarta-feira, 4 de junho de 2014

MENINO REVÊ A MÃE APÓS 4 DIAS SEQUESTRADO, EM SANTA CATARINA

A alegria tomou conta da casa onde mora o menino de 9 anos que foi sequestrado na quinta-feira (29) em Ilhota, no Vale do Itajaí, e resgatado nesta terça (3), em Penha, Litoral Norte. 

Após o resgate, a equipe da Divisão Antissequestro da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) entregou a criança para a família, por volta das 12h. Logo após ser resgatado, a vítima falou com a mãe por telefone e disse que estava voltando para casa.

O menino foi mantido em cativeiro por quatro dias e 12 horas em uma residência no município de Penha, Litoral Norte. Ele foi encontrado amarrado dentro do cativeiro. “Meu filho estava comigo no dia que desapareceu [29 de maio]. Estávamos a 100 metros de casa em um campo de futebol. 

Ele foi para casa guardar o patinete e eu fui em seguida. Quando cheguei me dei conta que ele tinha sumido. Quando saí de casa para procurar, vi o patinete no meio de umas plantas, escondido”, declarou o pai, Jean Carlos de Oliveira.

Momentos depois, o primeiro contato foi feito pelos sequestradores. Conforme Oliveira, o sequestrador afirmou: “Eu sou um cara calmo, quero que você também fique calmo. Estou com o seu filho. Nada vai acontecer com ele. (...) O dinheiro deve ser entregue em cinco sacos separados. Te dou o tempo que precisar para conseguir a quantia. 

Não chame a polícia e nem envolva a imprensa”, o pai descreve o que foi dito pelo criminoso no primeiro contato com a família.
Menino de 9 anos reencontrou família nesta terça-feira (Foto: Larissa Vier/RBS TV)

Nenhuma das câmeras de segurança da rua conseguiram auxiliar nas investigações da polícia, devido à má qualidade das imagens. Depois de estar com o filho nos braços, Jean Carlos afirma que segurança é tudo. “Não podemos ser negligentes. Precisamos pensar na nossa vida. Pensar: preciso ter mais segurança? O que eu preciso para a nossa vida?”

Para a mãe do menino, esta terça-feira foi como um segundo nascimento do filho. “Não vamos esquecer a data de 3 de junho. Toda a família renasceu hoje”, declarou a mãe, Laurinha de Oliveira.

Contato com sequestradores
Conforme Oliveira, todos os contatos realizados pelos criminosos eram agendados previamente e cumpridos. No sábado (31), conforme combinado, às 11h50, outra ligação foi recebida. O pedido era o mesmo, os sequestradores queriam apenas o dinheiro e se diziam em dificuldades financeiras.

Ainda no sábado, uma gravação de voz do menino foi enviada para provar que ele estava vivo. Após ouvir o áudio, o pai Jean confirmou que era seu filho, já que a frase dita pela criança era típica dos momentos de despedida da família: “mãe, pai eu te amo, amo muito”.

No domingo (1º), às 12h, outra ligação. Desta vez, a conversa foi curta, os sequestradores apenas solicitavam o dinheiro, declarou o pai. Na segunda-feira (2), o criminoso retornou uma ligação de um orelhão no município de Itajaí, cobrando uma quantia maior da família.

"Foi o pior dia porque usaram de muito terrorismo e falaram coisas muito pesadas", recorda Jean que entrou em desespero e passou a ligação para o avô da criança, Érico de Oliveira, que assumiu a negociação a partir deste momento.
Menino de 9 anos foi resgatado na manhã desta terça-feira, em Penha (Foto: Daiane Basso/RBS TV)

Prisão dos criminosos
Segundo a Polícia Civil, os mentores do sequestro são Rosicleide Rodrigues, 32 anos, e Peterson da Silva Machado, 36 anos. Peterson foi preso em Brusque na manhã desta terça, por volta das 10h. 

Ele estava comprando um carro para a fuga do grupo. Após ser detido, confirmou a participação no crime e levou a polícia até o cativeiro – avisando que no local estava outro casal armado.

Antes do final da manhã, uma equipe da polícia chegou ao local e estourou o cativeiro. Aconteceu uma troca de tiros, o casal que estava na casa foi morto e o menino, recuperado. Por volta das 12h, a criança foi entregue aos pais no município de Ilhota.

Outra equipe da Polícia Civil prendeu Rosicleide Rodrigues, arrumando as malas, por volta das 16h, no município de Barra Velha. Ela é apontada como quarta integrante do grupo. Foi quem locou a casa que serviu de cativeiro ao lado de outro homem, que se dizia seu marido. A polícia suspeita que a mulher chegou a ter contato com a família do menino por trabalhar no ramo têxtil.

As identidades dos dois criminosos mortos no cativeiro ainda não foram divulgadas pela polícia.

AUTOR: G1/SC

Nenhum comentário:

Postar um comentário

IMPORTANTE

Todos os comentários postados neste Blog passam por moderação. Por este critério, os comentários podem ser liberados, bloqueados ou excluídos.

O TIANGUÁ AGORA descartará automaticamente os textos recebidos que contenham ataques pessoais, difamação, calúnia, ameaça, discriminação e demais crimes previstos em lei. GUGU