terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

PRESO TORCEDOR QUE ATIROU BOMBA

A Polícia Civil exibiu para a Imprensa os restos do artefato que explodiu junto aos torcedores do Treze da Paraíba. Dentro da bomba foram colocados muitos pregos. O material, que servirá de prova de crime, deve passar por uma perícia técnica Glauber Henrique Pinho Araújo, 19, foi detido por policiais militares ainda no interior da Arena Castelão e autuado, em flagrante, no 34º DP
BEATRIZ BLEY
A Polícia Civil exibiu para a Imprensa os restos do artefato que explodiu junto aos torcedores do Treze da Paraíba. Dentro da bomba foram colocados muitos pregos. O material, que servirá de prova de crime, deve passar por uma perícia técnica

O torcedor Glauber Henrique Pinho Araújo, 19, integrante da bateria do Movimento Organizado Força Independente (Mofi), foi preso e autuado em flagrante, por tentativa de homicídio, após ter jogado uma bomba caseira contra torcedores do Treze da Campina Grande-PB, na noite do último domingo, na Arena Castelão, quando o Ceará Sporting enfrentou o time paraibano, pela Copa do Nordeste.

O artefato, que estava cheio de pregos, explodiu no espaço destinado ao torcedores visitantes. "Por sorte, ninguém foi atingido, mas ele poderia ter provocado a morte até de uma criança", disse o delegado Romério Almeida, titular do 34º Distrito Policial (Centro) e que estava de pantão na delegacia instalada naquela praça esportiva.

Mistério

Após a explosão, policiais militares, lotados no Batalhão de Policiamento de Eventos (BPE), foram ao local e recolheram as partes do artefato e os pregos que ficaram espalhados no setor B das cadeiras superiores (antiga arquibancada) da arena.

A Polícia informou, ontem, que não sabe como Glauber Henrique entrou no Castelão com a bomba caseira. Não está descartada a possibilidade de o artefato ter sido escondido dentro de algum instrumento da bateria.

Após jogar o artefato contra os torcedores paraibanos, o acusado saiu correndo em direção ao setor onde ficam os outros membros da bateria da Mofi. Os policiais militares já tinham a descrição física do autor do atentado e facilmente ele foi reconhecido. "As pessoas que foram ao estádio para torcer, aplaudiram os policiais que efetuaram a prisão dele", destacou o delegado Romério Almeida.

O delegado descobriu que Glauber Henrique Araújo, antes de entrar para a Mofi, foi integrante da Torcida Uniformizada do Fortaleza (TUF). O motivo de ter "virado a casaca" seria uma intriga que ele tinha do pessoal da torcida Cearamor.

Organizadas

Ao passar para a Mofi, Glauber Henrique teria oportunidade de aumentar a rivalidade existente entre Cearamor e Mofi, ambas torcidas organizadas do Ceará Sporting Club, porém bastante rivais. Integrantes das duas facções costumam se enfrentar.

Na manhã de ontem, Glauber Henrique Pinho Araújo foi transferido para ao 16º Distrito Policial (Dias Macedo). Além da prisão dele, o delegado Romério Almeida lavrou 22 Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs), por crime de incitação à violência, contra torcedores. Desses, 16 são integrantes da bateria da Mofi. Depois de ouvidos ainda na Arena Castelão, eles foram liberados, mas terão que se apresentar no Juizado Especial Cível e Criminal (JECC), onde serão julgados, devendo ficar proibidos de frequentar estádios e, ainda, terão que cumprir pena alternativa, como prestação de serviços públicos ou fornecer cestas básicas a entidades filantrópicas da Capital.

Driblou

Nas redes sociais, a detonação da bomba na Arena Castelão teve repercussão e muitos internautas questionaram a segurança montada no estádio, já que todos que ali ingressam em jogos dos dois principais times do Estado (Ceará e Fortaleza) passam por revista pessoal (buscas) de policiais do Batalhão de Policiamento de Eventos, que usam, inclusive, detectores de metais. O Comando da PM não se pronunciou sobre o fato.

Conflitos

Ainda na noite de domingo, a Polícia Militar teve que acionar viaturas do Comando Tático Motorizado (Cotam), do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque) para impedir que torcedores do Ceará entrassem em choque com rivais do Fortaleza nas imediações do Terminal da Lagoa, após o jogo do Ceará com o Treze de Campina Grande.

No ano passado, vários episódios em Fortaleza, envolvendo torcedores, terminaram em pessoas feridas e outras mortas. Um torcedor do Fortaleza foi executado, a tiros, na porta do Estádio Presidente Vargas, no Benfica, no dia 28 de setembro.

AUTOR: DN

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