quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

DHPP APURA VERSÕES DOS 3 SUSPEITOS DA MORTE DE ADVOGADO

Antônio Ferreira Filho, 42, confessou ter sacado um canivete e desferido os golpes no advogado durante uma discussão seguida de luta corporal. FOTOS: DIVULGAÇÃO
Francisco Marcelo Araújo Moraes, 28, alega que é deficiente físico e que foi o primeiro a ser agredido pelo advogado durante uma confusão após o acidente.

Dos três detidos,dois confessam participação do crime. Delegado vai aguardar laudo para identificar o assassino.

A Polícia Civil, através da Divisão de Homicídios s Proteção à Pessoa (DHPP) apresentou à Imprensa, na tarde de ontem, o resultado das investigações sobre a morte do advogado Emídio César Viana de Carvalho, 49, crime ocorrido na madrugada do dia 1º de janeiro, no Mondubim.

Três suspeitos foram presos e seus nomes e imagens apresentados à Imprensa pela equipe da DHPP. A participação de um deles, o dono do veículo usado pelos executores, está sendo investigada. Caso nada seja provado, ele será liberado.

De acordo com o diretor da DHPP, delegado Luiz Carlos de Araújo Dantas, as investigações confirmam a versão inicial de que a morte do advogado, na Avenida Godofredo Maciel, foi motivada por uma briga de trânsito. "Depois de uma colisão, houve discussão. Os envolvidos chegaram às vias de fato e aconteceram as lesões. O doutor Emídio foi a vítima de tudo isto", afirmou Dantas aos jornalistas.

A investigação do caso vem sendo acompanhada pela Ordem dos Advogados do Brasil, secção Ceará (OAB-Ceará), através de uma comissão nomeada pelo presidente da entidade, Valdetário Monteiro, e presidida pelo criminalista Paulo Quezado.

Suspeitos

A Polícia chegou aos suspeitos, após checar o registro do Ford Fiesta, de cor cinza, de placas HWZ-2455, visto na hora da confusão. O carro pertence a Francisco Dione Araújo Morais, 26. Ele foi detido na cidade de Salgueiro, no Estado de Pernambuco, na última sexta-feira (31).

No entanto, quem estaria no automóvel, no dia do crime era o vendedor autônomo Antônio Ferreira Filho, 42; e Francisco Marcelo Araújo Moraes, 28. Antônio é padrasto de Dione e de Marcelo. Quando soube da prisão do enteado, ele decidiu se apresentar, acompanhado por um advogado, anteontem. Marcelo foi detido na mesma tarde e também permanece preso.

Antônio Filho confessou ter ferido o advogado com um canivete. Testemunhas e Marcelo confirmaram a versão.

Segundo os suspeitos disseram à Polícia, o advogado teria sido agressivo e começado a briga. Eles teriam revidado. Marcelo alega que é deficiente físico e que foi o primeiro a ser agredido.

O delegado Fábio Torres, que presidiu o inquérito, confirma que o rapaz tem uma dificuldade motora, mas diz que ela não o torna incapacitado de cometer um crime, por que se locomove normalmente.

Luiz Carlos Dantas disse que, em casos como este, é normal, que os autores dos delitos digam que agiram em legítima defesa ou que estavam sofrendo provocações. "A Polícia Civil está preparada para ouvir e analisar a veracidade das versões. Quando foram ouvidos, eles deram a entender que foram agredidos. É natural que digam que foram motivados por provocações".

Ângulos

Nenhuma arma foi encontrada no carro do advogado. As testemunhas disseram, em depoimento, que deram conta da ocorrência quando a luta corporal havia começado e não sabem quem teria se exaltado primeiro.

Dantas disse que aguarda o laudo conclusivo da Perícia Forense do Ceará (Pefoce) que irá mostrar os ângulos que as perfurações aconteceram. "O laudo irá nos ajudar muito, porque nestes nove dias que temos para concluir o inquérito poderemos individualizar a participação de cada pessoa no caso", declarou.

AUTOR: DN

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