Três adolescentes, todos com 17 anos, acusados de envolvimento no assalto e assassinato do taxista Antônio Ediano Nobre, 55, no dia 15 de novembro passado, foram levados, ontem, ao Fórum Desembargador Joaquim da Silveira Carvalho, em Caucaia, onde foi realizada mais uma etapa das instruções, na Vara Única da Infância e da Juventude.
A audiência foi marcada para a tomada de depoimentos das testemunhas de defesa, que foram ouvidas pela juíza Elizabeth Pinheiro; e pelo promotor de Justiça Ronald Fontenele Rocha.
Antes da chegada dos suspeitos, parentes de Ediano Nobre e do também José Fernando de Freitas, 36, assassinado pelos mesmos adolescentes, já estavam postados na frente do prédio do Fórum, com cartazes pedindo justiça e reformulação no Estatuto da Criança e do Adolescente para a punição de menores envolvidos em latrocínios.
O padrasto de um dos menores não gostou da presença dos familiares das vítimas e passou a agredi-los verbalmente. Um parente de Ediano Nobre rebateu a agressão e terminou levando um murro. Houve revide e os familiares dos adolescentes pediram reforço policial. Duas patrulhas do Batalhão de Polícia de Choque foram deslocadas para Caucaia. Os envolvidos na luta corporal foram advertidos pela magistrada. O familiar o taxista registrou queixa por ameaça e agressão.
Latrocínio
Antônio Ediano Nobre foi encontrado morto, na manhã do dia 15 de novembro passado, na Praia do Icaraí, em Caucaia. Três dias depois, os suspeitos do crime foram localizados por inspetores da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), e apreendidos em flagrante. As apreensões ocorreram nos bairros Carlito Pamplona e Álvaro Weyne (zona Oeste da Capital).
Entre os suspeitos está a prima de um dos menores. Eles tentaram assumir a culpa sozinhos, mas não conseguiram livrar a jovem. Na ocasião, os rapazes confessaram a morre de outro taxista, no caso José Fernando de Freitas, no dia 25 de outubro, no Jacarecanga. Até a próxima quarta-feira (19) a punição deverá ser anunciada pela juíza.
AUTOR: DN
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