O empresário Amadeus Richers está há quase cinco meses em um presídio no Panamá. Ele diz que saiu de São Paulo no dia 10 de abril rumo a Quito, no Equador. Ao fazer conexão no Panamá foi detido, e ficou numa sala do aeroporto até o dia seguinte, proibido de ter contato com a família.
Entre 2001 e 2004, Richers foi diretor de uma empresa americana de telecomunicações. De acordo com o Ministério de Relações Exteriores do Panamá, ele e outras pessoas são acusados pela Justiça da Flórida de pagar US$ 3 milhões a funcionários de uma empresa controlada pelo governo do Haiti. A ação seria suborno para conseguir um contrato e tratamento diferenciado.
A suposta ação levou o governo do EUA a pedir a extradição do brasileiro.
Em entrevista pela internet, Richers reclamou que está doente e de falta de apoio da Embaixada brasileira. “Eu quero que alguém faça eu voltar para o Brasil. Não sei como funciona a parte legal. Eu sei que estou preso ilegalmente”, afirmou.
O advogado do brasileiro, Vitor Marcelo Rodrigues, entrou com pedido de habeas corpus. Ele alega que a prisão foi ilegal porque o empresário foi preso um dia antes do alerta vermelho da Interpol. “O habeas corpus tem que ser julgado. Ele tem que ser colocado em liberdade. A prisão é ilegal. O Brasil tem que pedir sua expatriação”, disse.
Os EUA pediram a extradição de Amadeus, mas a Justiça do Panamá só vai analisar o pedido depois que julgar o habeas corpus.
Em Brasília, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que acompanha o caso e que já foram feitas 8 visitas consulares na prisão. O Itamaraty diz ainda que pediu ao governo panamenho a transferência do brasileiro para um hospital, mas as autoridades do Panamá concluíram que o estado de saúde de Richers não justifica uma transferência.
AUTOR: G1/SP
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