domingo, 11 de agosto de 2013

POLÍCIA INVESTIGA A ORIGEM DE EXPLOSIVOS

A utilização de artefatos explosivos em cargas extremamente excessivas tem causado a destruição de agências e postos bancários no Interior do Ceará FOTO: ALEX COSTA

A desarticulação de várias quadrilhas responsáveis pelos ataques a bancos no Interior do estado do Ceará nos últimos meses revelou para as autoridades a facilidade que esses grupos encontram para adquirir artefatos explosivos utilizados na destruições de caixas e cofres.

Os bandidos conseguem facilmente ter acesso a um tipo de material que deveria ser de difícil aquisição, pois sua venda, uso e distribuição são controlados pelo Ministério da Defesa, através do Exército.

Pedra Branca

Na semana passada, a Polícia localizou uma vasta quantidade de cartuchos de emulsão explosiva (comumente confundidos com dinamite) que, certamente, seriam utilizados por ladrões de bancos em ações criminosas previstas para os próximos dias. O material foi localizado no distrito de Mineirolândia, no Município de Pedra Branca (261 Km de Fortaleza).

No total, eram 51 cartuchos explosivos, além de cerca de 50 metros de cordão detonante ou estopim. Uma denúncia anônima foi recebida pelos policiais do Destacamento da PM daquele distrito, que, imediatamente, comunicaram o fato ao Comando da Companhia de Senador Pompeu e também ao 9º BPM (Quixadá).

O material foi encaminhado à Delegacia Municipal de Pedra Branca para posterior recolhimento pelo Exército Brasileiro, que terá a missão de destruí-lo, mas antes tentar averiguar a sua origem através da numeração do lote e do fabricante.

Em pelo menos, 20 assaltos ou tentativas de assaltos a bancos, registrados pelas autoridades neste ano, no Ceará, os criminosos usaram artefatos para destruir os equipamentos onde estava o dinheiro. Foi assim que aconteceu nas seguintes cidades, São Gonçalo do Amarante, Senador Sá, Monsenhor Tabosa, Pacatuba, Jijoca de Jericoacoara, Tejuçuoca, Palmácia, Morada Nova, Mauriti, Apuiarés, Jaguaribara, São Luís do Curu, Pentecoste, Redenção, São João do Jaguaribe e Monsenhor Tabosa.

Chama a atenção das autoridades, ainda, a forma como as quadrilhas utilizam o artefato.

Destruição

Sem qualquer noção sobre o poder de destruição dos artefatos, os bandidos quase sempre utilizam uma carga explosiva muito alta e acabam provocando a destruição completa das agências bancárias e fogem sem levar o dinheiro. Isso aconteceu em vários episódios neste ano. E uma das ações consideradas mais violentas deste tipo aconteceu na madrugada do dia 29 de julho último, na cidade de Baturité (93 Km de Fortaleza), quando uma quadrilha destruiu por completo a agência.

No dia seguinte ao ataque, o bando acabou preso durante um cerco policial no distrito de Boa-Fé, na zona rural do Município de Redenção.

Oito pessoas acabaram sendo capturadas no cerco da Polícia Militar. O grupo foi trazido para Fortaleza e autuado, em flagrante, por formação de quadrilha, roubo e porte ilegal de armas e artefatos na Delegacia de Roubos e Furtos (DRF).

Segundo o titular daquela Especializada, um ex-fuzileiro naval, identificado como Bruno Rafael Vasconcelos, 23, era o chefe da quadrilha e especialista em armas e explosivos.

Inteligência

Na caça aos criminosos que vêm agindo no sertão cearense, estão os homens do Comando Tático Rural (Cotar), unidade de elite da PM e integrante do efetivo do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque). O grupo auxilia nas operações realizadas pelos batalhões, companhias e destacamentos das cidades interioranas e, por ordem do secretário da Segurança, o Cotar recebe o apoio da Coordenadoria Integrada de Inteligência (Coin).

AUTOR: DN

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