— Não há ferramenta mais poderosa do que o DNA. As impressões digitais são importantíssimas, mas o DNA é o futuro. Os dois devem andar juntos, porque às vezes não é possível achar a impressão em alguns crimes, como estupro. E, às vezes, não temos o DNA. Mas ele é a impressão digital do século 21, do futuro, e a melhor ferramenta de combate ao crime — enfatiza Blozis, que já atuou em mais de 3.500 investigações na carreira.
Mais rápido e fácil
De acordo com Joseph Blozis, basta coletar o material na saliva do preso e armazená-lo no software do programa CODIS (do inglês Sistema de Índice Combinado de DNA) do FBI. Em duas horas, é possível comparar o DNA de um suspeito com material coletado na cena do crime e saber se há equivalência.
— A identificação errada das testemunhas oculares tem sido a causa maior das falsas acusações, porque sempre temos alguém parecido com a gente. E com o DNA teremos a confirmação. Nos EUA, 54% dos assassinos confessos, por exemplo, não tinham praticado o crime. Só confessaram porque foram reconhecidos por testemunhas — conta ele.
Até agora, 44 países já têm o banco de dados padronizado do CODIS. Nos Estados Unidos — que começou a mudança das leis dos estados a partir de 1995 para adotar a rede — já há 400 mil DNAs de detentos catalogados pelo governo.
Bom para o país
Blozis diz que o sistema será um grande aliado das autoridades. "Assim que você reúne banco de dados, você reduz as taxas de criminalidade."
Corpos
Apesar do uso da tecnologia após os ataques do Onze de Setembro, 1.124 dos 2.976 corpos (41%) da tragédia das torres gêmeas não foram identificados.
Dificuldade
O especialista diz que o trabalho após a queda das torres foi gigantesco. "Mães levavam objetos pessoais para confronto (para a retirada de material genético contido em fios de cabelo, etc). Mas há pessoas que nunca serão identificadas simplesmente porque os corpos não existem mais. Nas explosões das torres, essas pessoas simplesmente viraram pó", relembra.
Erros
No Brasil, a medida visa aumentar a taxa de 8% na resolução de homicídios. Mas Blozis faz questão de ressaltar a importância fundamental do sistema para libertar inocentes.
20 anos preso
O especialista lembra um caso emblemático: "Nos EUA, uma mãe de quatro filhos foi estuprada. Prenderam um indivíduo suspeito, de 16 anos, por duas décadas. Há três, com o confronto do DNA, ele foi solto. Imagine ficar 20 anos preso?"
AUTOR: SOBRAL 24 HORAS
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