“Eu acredito que a grande tarefa do PSB é tensionar dentro da aliança da presidenta Dilma por uma agenda de mudança e por uma conduta um pouco mais republicana da média desta sustentação. O cimento da aliança central que reúne o PT e PMDB é de natureza fisiológica. Nós teremos sempre grandes sustos e grandes dissabores por esse cimento”, disse.
“Toda aliança é legítima, mas qual é a agenda institucional, transformadora que precisa dessa grande aliança? Qual é a pendência da reforma tributária, no modelo de organização das instituições políticas, no desenho da poupança previdenciária ou qualquer que seja o assunto relevante? O que os coesiona? Fisiologia! Quando não, roubalheira”, completou Ciro.
Mais estrada que Eduardo Campos
O ex-ministro disse que o governador de Pernambucano, Eduardo Campos, também tem "todos os dotes para ser candidato a presidente da República". “Mas ele (Campos) só não tem a estrada que eu tenho”, disse. Ciro e o irmão e governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), fizeram questão de chegar acompanhados de Campos ao local do evento, o auditório Petrônio Portella, em Brasília. O objetivo é sinalizar que a aliança está mantida, apesar das disputas de poder no último ano, quando o governador pernambucano atuou contra uma nova candidatura de Ciro ao Planalto.
Além de comentar a possibilidade de disputar o Planalto pela terceira vez, Ciro fez críticas a aliança do PT e do PMDB na formação do governo Dilma Rousseff. “Quem já foi duas vezes não pode andar mentindo dizendo que não quer ser (candidato a presidente)”, disse. “Mas as circunstâncias hoje recomendam muita prudência, muita cautela”, completou.
AUTOR: DN
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