segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

ACUSADA DE MATAR O PAI É JULGADA EM MINAS GERAIS

Érika Passarelli, acusada de matar o pai para resgatar seguro, vai a júri. (Foto: Divulgação/TJMG)

Duas testemunhas de defesa foram ouvidas na manhã desta segunda-feira (10) no júri popular de Érika Passarelli, acusada de matar o próprio pai em agosto de 2010. Segundo a denúncia feita pelo Ministério Público, o crime foi motivado pela intenção de resgatar R$ 1,2 milhão em seguros contratados pela vítima. Outros dois réus respondem por envolvimento na morte e vão ser julgados posteriormente.

O julgamento ocorre no Fórum Edmundo Lins, no Centro de Itabirito, na Região Central de Minas Gerais. A sessão começou por volta das 10h, com uma hora de atraso.

De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a primeira testemunha a ser ouvida foi o corretor de seguros Marcelo Almeida, que prestou serviços para a ré. Já a segunda pessoa a responder as perguntas dos advogados e do Ministério Público foi Carlos Rosa, um amigo da vítima. O homem disse que o pai de Érika Passarelli já havia sido preso por estelionato. Rosa afirmou ainda que a vítima era um homem “maquiavélico” e não gostava sequer de si mesmo.

A Justiça informou que por volta das 14h30 a terceira testemunha de defesa era ouvida. Ainda conforme a assessoria do TJMG, não haverá testemunhas de acusação no júri, pois o Ministério Público perdeu o prazo para arrolá-las.

O caso

O assassinato foi cometido em 5 de agosto de 2010. Mário José Teixeira Filho, de 50 anos, foi encontrado morto com três tiros na cabeça dentro de um carro na BR-356, em Itabirito. A polícia descobriu que ele era um estelionatário foragido da Justiça e aplicava golpes na capital com a ajuda da filha.

Segundo a investigação policial, um pouco antes do crime, a vítima fez três seguros de vida colocando Érika como a única beneficiária. O plano dos dois seria encontrar um corpo qualquer para forjar a morte dele. Á época, ela era estudante de direito e receberia o valor em dinheiro das seguradoras e dividiria com o pai. No entanto, um desentendimento entre eles teria levado a filha a planejar a morte de Mário.

A investigação também aponta que Érika contou com a ajuda do então namorado Paulo Ricardo de Oliveira Ferraz e do sogro, cabo da Polícia Militar Santos das Graças Alves Ferraz. Ainda, de acordo com a polícia, os prêmios não chegaram a ser pagos.

A ré responde por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e mediante dissimulação. Ela foi denunciada em 4 de maio de 2011. Segundo a Justiça, o relatório de necropsia e os laudos periciais apontam indícios suficientes da autoria do crime. Em juízo, ela negou envolvimento e afirmou que tinha um bom relacionamento com o pai.

O processo envolvendo os outros dois réus também tramita em Itabirito, ainda sem data de julgamento. Ele foi desmembrado porque, na fase inicial do caso, os réus estavam presos, enquanto a ré estava foragida.

Érika foi presa em março de 2012, em um bordel no Rio de Janeiro. Segundo a polícia, ela trabalhava no local, usava nome falso e havia mudado o tom dos cabelos de louro para preto. Enquanto estava foragida, ela chegou a ser filmada em uma praia do litoral do Espírito Santo durante o feriado de Semana Santa.

AUTOR: G1/MG

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