Charles Ramsey, vizinho da casa em que as jovens eram mantidas, fala com a imprensa em Cleveland (Foto: Scott ShawThe Plain Dealer/AP)
Em uma entrevista à emissora de televisão "WEWSTV", afiliada local da americana ABC, Charles Ramsey, o vizinho que ajudou a libertar Amanda Berry e outras duas jovens mantidas em cativeiro, contou que sabia que tinha algo de errado quando "menina linda e branca correu para os braços de um homem negro pedindo ajuda".
Amanda e mais duas jovens foram encontradas com vida nesta segunda-feira (6) em uma casa em Cleveland, onde eram mantidas em cativeiro. Uma criança também foi retirada da casa - segundo a polícia, uma menina de 6 anos filha de Amanda e do sequestrador.
"Ouvi gritos, eu estava comendo e, quando fui para fora, vi essa menina tentando sair da casa, dizendo 'me ajude a sair, estou aqui há muito tempo'", contou Ramsey ao repórter da emissora, próximo à casa do sequestrador em Cleveland, no estado de Ohio.
O vizinho contou que, após ouvir gritos de socorro, tentou abrir a porta da casa ao lado e como não conseguiu, quebrou a parte de baixo, e viu em seguida a mulher se arrastando para fora e "levando consigo uma criança pequena".
Amanda correu até uma casa vizinha para chamar a polícia, implorando que viessem o mais rápido possível (ouça a ligação). "Pensei que essa garota estivesse morta", disse Charles ao se lembrar do nome da vítima do sequestro, amplamente divulgado pela imprensa americana.
Ramsey contou que não desconfiava de forma alguma do vizinho, e que não tinha a menor ideia de que Ariel Castro, de 52 anos, mantinha Amanda Berry, Gina DeJesus e Michelle Knight em sua casa. "Víamos esse cara todos os dias. Eu fiz churrasco junto com ele, comíamos costela, ouvíamos salsa. Não havia nenhum indício que havia uma menina ali ou mais pessoas contra a própria vontade", relatou o vizinho.
"Eu sabia que algo estava errado quando uma menina linda e branca corre para os braços de um homem negro pedindo ajuda. Tem algo de errado, com certeza", afirmou o americano diante das câmeras.
Castro foi preso nesta segunda, junto com dois de seus irmãos, que segundo a polícia teriam auxiliado nos sequestros. Os dois irmãos - identificados como Pedro Castro, 54 anos, e Oneil Castro, 50 anos, não viviam na casa onde as mulheres foram encontradas. O homem já havia sido preso anteriormente por violência doméstica, segundo relatos da imprensa americana
Entenda o caso
Amanda Berry desapareceu em abril de 2003, quando tinha 16 anos, após sair do trabalho, informou o FBI. Ela ficou 10 anos em cativeiro, e contou à polícia que sabia que seu desaparecimento havia sido amplamente divulgado pela imprensa.
Durante os anos de cativeiro, ela ficou grávida do sequestrador, identificado como Ariel Castro, e teve uma filha, uma menina que atualmente tem 6 anos. A criança também foi libertada.
A mãe da jovem, Louwanna Miller, morreu de ataque cardíaco em março de 2006.
Georgina DeJesustinha apenas 14 anos em 2004 quando desapareceu após deixar a escola. Já Michele Knight desapareceu aos 21 anos, no dia 23 de agosto de 2002, depois de visitar uma prima, segundo o jornal "Cleveland Plain Dealer".
As três mulheres foram dadas como mortas pelas autoridades, devido ao tempo de desaparecimento. A mãe de uma delas chegou a acreditar que a filha havia sido traficada como escrava.
Charliez Czorb, vizinha do suposto sequestrador, se disse surpresa com o tempo que as três jovens passaram no cativeiro sem que ninguém percebesse. "Estavam no nosso quintal. Estas meninas estavam presas em nosso quintal".
Ariel Castro foi descrito pelos vizinhos como um amigável motorista de ônibus e músico que geralmente deixava as "filhas" brincar com seus netos.
Em uma entrevista à emissora de televisão "WEWSTV", afiliada local da americana ABC, Charles Ramsey, o vizinho que ajudou a libertar Amanda Berry e outras duas jovens mantidas em cativeiro, contou que sabia que tinha algo de errado quando "menina linda e branca correu para os braços de um homem negro pedindo ajuda".
Amanda e mais duas jovens foram encontradas com vida nesta segunda-feira (6) em uma casa em Cleveland, onde eram mantidas em cativeiro. Uma criança também foi retirada da casa - segundo a polícia, uma menina de 6 anos filha de Amanda e do sequestrador.
"Ouvi gritos, eu estava comendo e, quando fui para fora, vi essa menina tentando sair da casa, dizendo 'me ajude a sair, estou aqui há muito tempo'", contou Ramsey ao repórter da emissora, próximo à casa do sequestrador em Cleveland, no estado de Ohio.
Amanda correu até uma casa vizinha para chamar a polícia, implorando que viessem o mais rápido possível (ouça a ligação). "Pensei que essa garota estivesse morta", disse Charles ao se lembrar do nome da vítima do sequestro, amplamente divulgado pela imprensa americana.
Ramsey contou que não desconfiava de forma alguma do vizinho, e que não tinha a menor ideia de que Ariel Castro, de 52 anos, mantinha Amanda Berry, Gina DeJesus e Michelle Knight em sua casa. "Víamos esse cara todos os dias. Eu fiz churrasco junto com ele, comíamos costela, ouvíamos salsa. Não havia nenhum indício que havia uma menina ali ou mais pessoas contra a própria vontade", relatou o vizinho.
"Eu sabia que algo estava errado quando uma menina linda e branca corre para os braços de um homem negro pedindo ajuda. Tem algo de errado, com certeza", afirmou o americano diante das câmeras.
Castro foi preso nesta segunda, junto com dois de seus irmãos, que segundo a polícia teriam auxiliado nos sequestros. Os dois irmãos - identificados como Pedro Castro, 54 anos, e Oneil Castro, 50 anos, não viviam na casa onde as mulheres foram encontradas. O homem já havia sido preso anteriormente por violência doméstica, segundo relatos da imprensa americana
Entenda o caso
Amanda Berry desapareceu em abril de 2003, quando tinha 16 anos, após sair do trabalho, informou o FBI. Ela ficou 10 anos em cativeiro, e contou à polícia que sabia que seu desaparecimento havia sido amplamente divulgado pela imprensa.
Durante os anos de cativeiro, ela ficou grávida do sequestrador, identificado como Ariel Castro, e teve uma filha, uma menina que atualmente tem 6 anos. A criança também foi libertada.
A mãe da jovem, Louwanna Miller, morreu de ataque cardíaco em março de 2006.
Georgina DeJesustinha apenas 14 anos em 2004 quando desapareceu após deixar a escola. Já Michele Knight desapareceu aos 21 anos, no dia 23 de agosto de 2002, depois de visitar uma prima, segundo o jornal "Cleveland Plain Dealer".
As três mulheres foram dadas como mortas pelas autoridades, devido ao tempo de desaparecimento. A mãe de uma delas chegou a acreditar que a filha havia sido traficada como escrava.
Charliez Czorb, vizinha do suposto sequestrador, se disse surpresa com o tempo que as três jovens passaram no cativeiro sem que ninguém percebesse. "Estavam no nosso quintal. Estas meninas estavam presas em nosso quintal".
Ariel Castro foi descrito pelos vizinhos como um amigável motorista de ônibus e músico que geralmente deixava as "filhas" brincar com seus netos.
Amanda Berry (centro), com a irmã, (à esquerda), e a filha, que teve durante o cativeiro, posam em hospital após a libertação (Foto: AFP/Woio TV)
AUTOR: G1/SP
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