Delegado Francisco Crisóstomo, diretor do Departamento de Inteligência da Polícia Civil, chefiou as investigações que revelaram a morte do cearense em São Paulo. Autoridades paulistas enviaram documentos sobre o óbito FOTO: JOSÉ LEOMAR
A conclusão do inquérito que revelou a morte do cearense Antônio Ferreira Braga, 20 anos após ele ter sido torturado por policiais da Delegacia de Roubos e Furtos, conforme foi publicado, com exclusividade, pelo Diário do Nordeste, deverá agora ser comunicada, oficialmente, pelo governo do Ceará à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), com sede em Washington (EUA).
O inquérito tramitou nos últimos meses, em caráter sigiloso, no Departamento de Inteligência Policial (DIP), da Polícia Civil, sob a presidência dos delegados Francisco Carlos de Araújo Crisóstomo e Sâmya Rios Dias. O pedido de informações ao governo brasileiro havia sido feito no ano passado diante do mistério em torno do paradeiro de Antônio Ferreira Braga.
Investigação
O falecimento de Braga aconteceu na manhã do dia 23 de dezembro de 2009, conforme atestou a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária do Governo do Estado de São Paulo. O cearense teve óbito confirmado através de documentos que a equipe do DIP obteve junto às autoridades paulistas. Entre eles, está a certidão de óbito que atesta a morte de Braga por morte natural. Ele estava internado no Hospital geral da cidade de Assis (SP) e faleceu em decorrência de "insuficiência renal crônica, agudizada pela diabetes", revela o documento. Na manhã do dia 12 de abril de 1993, Antônio Ferreira Braga, que se dizia pedreiro, foi encontrado nas dependências da carceragem da Delegacia de Roubos e Furtos (naquela época, localizada na Rua Costa Barros, Aldeota).
Uma denúncia levou representantes de comissões de Defesa dos Direitos Humanos ao local, onde ficou constatado que o preso passava por uma sessão de tortura. Três policiais estariam forçando o preso a confessar o furto de um aparelho de TV.
Afastados
O caso teve grande repercussão na época e ultrapassou as fronteiras do País, sendo denunciado na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA. O então governador do Ceará, Ciro Gomes, determinou uma imediata investigação do fato. Os três policiais acusados do crime foram afastados dos cargos, assim como a delegada Sônia Gurgel, que era a titular da DRF.
Posteriormente, o delegado Francisco Crisóstomo deixou o cargo de secretário da Segurança Pública. Com a intervenção da Arquidiocese de Fortaleza, Antônio Ferreira Braga foi solto e levado para a Bahia, de onde, então, teria ´desaparecido´.
Mas, as investigações processadas pelo DIP, recentemente, revelaram que Braga foi embora para São Paulo e ali praticou um assassinato. Por conta disso, foi condenado pelo Júri Popular e encaminhado à prisão.
Já detento no Estado de São Paulo, o cearense foi acometido de doença renal quando cumpria pena nas penitenciárias de Paraguaçu Paulista e Assis, falecendo em dezembro de 2009. Com o fim do mistério, o caso será comunicado à OEA.
AUTOR:DN
A conclusão do inquérito que revelou a morte do cearense Antônio Ferreira Braga, 20 anos após ele ter sido torturado por policiais da Delegacia de Roubos e Furtos, conforme foi publicado, com exclusividade, pelo Diário do Nordeste, deverá agora ser comunicada, oficialmente, pelo governo do Ceará à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), com sede em Washington (EUA).
O inquérito tramitou nos últimos meses, em caráter sigiloso, no Departamento de Inteligência Policial (DIP), da Polícia Civil, sob a presidência dos delegados Francisco Carlos de Araújo Crisóstomo e Sâmya Rios Dias. O pedido de informações ao governo brasileiro havia sido feito no ano passado diante do mistério em torno do paradeiro de Antônio Ferreira Braga.
Investigação
O falecimento de Braga aconteceu na manhã do dia 23 de dezembro de 2009, conforme atestou a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária do Governo do Estado de São Paulo. O cearense teve óbito confirmado através de documentos que a equipe do DIP obteve junto às autoridades paulistas. Entre eles, está a certidão de óbito que atesta a morte de Braga por morte natural. Ele estava internado no Hospital geral da cidade de Assis (SP) e faleceu em decorrência de "insuficiência renal crônica, agudizada pela diabetes", revela o documento. Na manhã do dia 12 de abril de 1993, Antônio Ferreira Braga, que se dizia pedreiro, foi encontrado nas dependências da carceragem da Delegacia de Roubos e Furtos (naquela época, localizada na Rua Costa Barros, Aldeota).
Uma denúncia levou representantes de comissões de Defesa dos Direitos Humanos ao local, onde ficou constatado que o preso passava por uma sessão de tortura. Três policiais estariam forçando o preso a confessar o furto de um aparelho de TV.
Afastados
O caso teve grande repercussão na época e ultrapassou as fronteiras do País, sendo denunciado na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA. O então governador do Ceará, Ciro Gomes, determinou uma imediata investigação do fato. Os três policiais acusados do crime foram afastados dos cargos, assim como a delegada Sônia Gurgel, que era a titular da DRF.
Posteriormente, o delegado Francisco Crisóstomo deixou o cargo de secretário da Segurança Pública. Com a intervenção da Arquidiocese de Fortaleza, Antônio Ferreira Braga foi solto e levado para a Bahia, de onde, então, teria ´desaparecido´.
Mas, as investigações processadas pelo DIP, recentemente, revelaram que Braga foi embora para São Paulo e ali praticou um assassinato. Por conta disso, foi condenado pelo Júri Popular e encaminhado à prisão.
Já detento no Estado de São Paulo, o cearense foi acometido de doença renal quando cumpria pena nas penitenciárias de Paraguaçu Paulista e Assis, falecendo em dezembro de 2009. Com o fim do mistério, o caso será comunicado à OEA.
AUTOR:DN
Nenhum comentário:
Postar um comentário
IMPORTANTE
Todos os comentários postados neste Blog passam por moderação. Por este critério, os comentários podem ser liberados, bloqueados ou excluídos.
O TIANGUÁ AGORA descartará automaticamente os textos recebidos que contenham ataques pessoais, difamação, calúnia, ameaça, discriminação e demais crimes previstos em lei. GUGU