COBRADOR TESTEMUNHA SOBRE MOTORISTA BALEADO E ACABA PRESO, EM PAJUÇARA (CE)

O cobrador da van que fazia a linha Novo Maracanaú foi prestar depoimento como testemunha e acabou preso devido um mandado de prisão pelo não pagamento de uma pensão alimentícia. O funcionário era testemunha da ocorrência registrada nesta terça-feira, 26, na Avenida Mendel Steinbruch, em Maracanaú, onde um motorista foi baleado por um vigilante durante uma briga de trânsito.

Wellington Pessoa Lopes, 27, foi até a delegacia para ser ouvido pelo titular do 29º DP (Pajuçara), delegado Breno Fontenelle. Ele trabalhava na van conduzida por Emanuel Cruz Ferreira, 39, baleado pelo funcionário de uma empresa de segurança, Pedro Araújo Garcia, 40.

Segundo Breno Fontenelle, um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por lesão corporal e desobediência foi registrado em desfavor do vigilante, que foi liberado.

Já o cobrador da van, que era uma testemunha, acabou preso e encaminhado à Delegacia de Capturas (Decap), onde permanecerá à disposição da Justiça. Ainda conforme o delegado, quando cadastrou o funcionário da van como testemunha o sistema apontou que o rapaz estava com o mandado em aberto.

Confusão no trânsito

Segundo a passageira Evanira Silva, o transporte parou para desembarcar um passageiro e o carro forte bateu na traseira do transporte alternativo. “O motorista desceu para olhar e o vigilante já desceu do carro e deu um murro na cara dele. O motorista revidou e o vigilante foi tirando a arma.

O motorista correu para dentro da van, ainda pulou a catraca, mas o segurança veio na porta e atirou”, explicou a passageira.

Ainda segundo a testemunha, mais de 30 pessoas estavam dentro da van, inclusive crianças e o vigilante teria efetuado mais de um disparo. O primeiro teria sido em direção a van e o segundo já dentro do transporte. Emanuel levou um tiro no pé e foi socorrido por uma viatura do Ronda do Quarteirão para um hospital particular.

Segundo o delegado Breno Fontenele, do 29º DP, o segurança responsável pelo disparo e mais quatro, se trancaram no carro-forte por mais de uma hora e só saíram quando o setor jurídico da empresa de segurança chegou. Pelo fato de terem desobedecido às ordens para sair do carro-forte, todos que estavam dentro na escolta também assinaram o TCO por desobediência, conforme o delegado Breno Fontenelle.

Ainda segundo o delegado, não há informações sobre a gravidade da lesão do motorista, mas se for comprovada que houve um ferimento grave, a Polícia pode instaurar um inquérito.

Delegado comenta caso de motorista baleado por opovo
AUTOR: O POVO