O superintendente regional da Polícia Federal (PF) no Ceará, Renato Casarini Muzy, disse que a operação ocorrida no último dia 13, que terminou com um soldado da PM baleado foi "legítima e sem excesso". O responsável pela instituição considera que "algumas pessoas estão se aproveitando da situação para criar polêmicas e indisposição entre as duas Corporações".
Casarini declarou que a ação estava sendo desenvolvida de forma velada (escondida), por isto os agentes federais não estavam caracterizados. "Uma operação para reprimir o tráfico de drogas estava em andamento quando nossa equipe se deparou com o envolvimento de PMs. Sabíamos o risco da abordagem e toda a ação transcorreu de forma absolutamente de acordo com os procedimentos policiais", salientou.
Conforme o superintendente regional, os suspeitos já haviam sido detidos e a ação estava controlada, quando o tiroteio se deu. "Infelizmente nossa equipe foi surpreendia por disparos de arma de fogo efetuados por um indivíduo de trajes civis utilizando um capacete. Em consequência daquela agressão foram realizados os procedimentos necessários para repelir e dominar o agressor. A equipe efetuou apenas dois disparos, para desarmá-lo. Somente após ser dominado, ele se identificou como PM", disse o delegado.
Polêmica
Renato Casarini Muzy afirmou que lamenta os fatos terem motivado uma polêmica. "Esta indisposição entre a Polícia Federal e a Polícia Militar nunca existiu. Temos um enorme respeito pela Polícia Militar do Ceará e pelos policiais que a compõe. Esperamos que esta prisão não abale nossas relações. Atuamos diariamente do mesmo lado, no combate à criminalidade".
Casarini justificou as autuações do soldado Higor Kalleb Scarcella Pereira dizendo que "em um primeiro momento, houve justificativa de enquadramento pela autoridade policial. Ao final do inquérito policial, será feita outra análise do caso, e aí poderemos dizer se será mantido ou não o tratamento inicial".
Manifestação
Familiares e colegas de farda de Kalleb Scarcella estiveram, na manhã de ontem, em frente ao Ministério Público Federal (MPF) manifestando a insatisfação deles com a prisão do militar. "Esta é uma dor entranhada em minha alma. Meu filho não é bandido, sempre foi correto, honesto. Machuca demais ver o Kalleb sendo acusado de tantos crimes", afirmou a mãe do soldado, Rosângela Scarcella.
O advogado da Associação dos Profissionais de Segurança (APS), que representa o PM entrou com um pedido de liberdade provisória para ele, ontem.
AUTOR: DN
Nenhum comentário:
Postar um comentário
IMPORTANTE
Todos os comentários postados neste Blog passam por moderação. Por este critério, os comentários podem ser liberados, bloqueados ou excluídos.
O TIANGUÁ AGORA descartará automaticamente os textos recebidos que contenham ataques pessoais, difamação, calúnia, ameaça, discriminação e demais crimes previstos em lei. GUGU