Um bando formado por seis homens armados atacou a agência do Bradesco, instalada no Centro de Barreira (a 72 Km de Fortaleza), na madrugada de ontem. Os criminosos tentaram explodir os caixas eletrônicos, mas não conseguiram levar nada, conforme a Polícia.
Depois da tentativa frustrada de roubo, o bando seguiu por algumas ruas da cidade efetuando disparos. Um posto de combustível foi atingido pelos tiros. Segundo os militares que atenderam a ocorrência, uma bomba de gasolina chegou a ser perfurada, mas o tanque que acondiciona o produto inflamável não foi danificado pelos disparos.
Um ônibus escolar estacionado na rua também foi alvo dos disparos dos assaltantes. As fachadas de vários prédios comerciais do Centro foram marcadas pelos tiros. A PM informou que encontrou projéteis de pistola, calibre 380; e de fuzil AK-47 nas ruas por onde o bando passou.
Depois do tiroteio os criminosos fugiram pela BR-116, em um Toyota, modelo Corolla; e em um Fiat, modelo Siena. Conforme o delegado titular da Delegacia de Roubos e Furtos, (DRF) Raphael Vilarinho, o Siena foi encontrado às margens da rodovia, em Chorozinho.
Diligências
Segundo Vilarinho, o bando seguiu no sentido Fortaleza e ainda não foi identificado. "Estamos fazendo diligências em busca dos suspeitos, mas ainda não conseguimos identificá-los".
O delegado afirmou que nos quatro primeiros meses deste ano, os ataques a banco com explosivos caíram 20% em relação a igual período do ano passado. O titular da DRF lembra que apenas um destes ataques foi consumado, em nenhum outro os criminosos conseguiram levar dinheiro das instituições.
"Todos os especialistas a banco que agiam no Ceará estão presos. Estas pessoas que estão praticando ataques não têm a menor experiência com explosivos e conseguem apenas depredar as agências, mas não levam nada. Isso não quer dizer que eles não tenham que ser presos. Nossa jornada continua até que todos eles estejam na cadeia", afirmou o titular da DRF.
Reforma
A agência bancária atacada estava passando por um reforma, por conta da outra explosão que sofreu, em novembro de 2014. Uma pessoa que mora na casa vizinha ao banco e preferiu não se identificar, disse que a estrutura da residência foi abalada desde a primeira explosão.
"Temos medo que a casa desabe. Tivemos que reforçar as paredes que ficaram rachadas da primeira vez que tentaram roubar o banco. Não usamos mais os quartos da casa para dormir, com medo que possa acontecer alguma coisa no banco durante a noite e não tenhamos como fugir. Alguém precisa tomar uma providência, porque é muito difícil conviver com este temor".
Este é o 25º ataque a banco (incluindo assaltos, explosões e arrombamentos) registrado no Ceará, em 2015.
AUTOR: DN
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