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terça-feira, 13 de janeiro de 2015

MÃE ENCONTRADA MORTA EM MOTEL ASSASSINOU AS FILHAS, EM MINAS GERAIS

Uma seringa foi encontrada pela polícia no quarto onde os corpos estavam (Foto: Divulgação/ DeFato Online)

A perícia da Polícia Civil confirmou na tarde desta segunda-feira que as duas meninas, de 4 anos e 10 meses, encontradas em um quarto de um motel, no bairro Ribeira de Cima, em Itabira, na Região Central de Minas Gerais, foram mortas por afixia. Não havia sinais de esganadura, mas há indícios de que as irmãs foram sufocadas por um cobertor ou um travesseiro.

A delegada Juliana Alencar, responsável pelo caso, acredita que a mãe das meninas, a enfermeira Ana Flávia Marques Teixeira, de 34 anos, tenha matado as duas e depois se enforcado. O corpo dela também foi encontrado no quarto.

Exames toxicológicos serão feitos nos corpos para averiguar se a mulher dopou as filhas e a si mesma. Uma seringa foi encontrada no local. No carro de Ana Flávia, foi encontrado um frasco de calmante que, segundo as investigações, teria sido usado nas vítimas.

Os corpos da mãe e das meninas foram encontrados neste domingo (11), segundo informou a Polícia Militar (PM). A mulher teria chegado com as crianças ao local às 3h51. Já no quarto pediu uma caipivodca, um espeto de frango, um suco e um banho de espuma. Ela ainda quis que a atendente a chamasse às 17h.

Nesse horário, a funcionária ligou para o quarto, mas ninguém atendeu. Foi pessoalmente e bateu na porta. Não houve resposta. Pela fresta embaixo da porta, a recepcionista conseguiu ver um dos pés da cliente, imóvel e roxo.

Ela pegou a chave reserva da suíte, entrou no quarto e viu as duas crianças mortas em cima da cama. A mais nova estava em um bebê-conforto. A mãe estava dentro do banheiro, pendurada pelo pescoço no suporte da toalha.

Em cima da mesa havia um bilhete, com o telefone do pai da mulher, e a mensagem: “Meu ex-marido acabou com a minha vida e das minhas filhas”. Ainda segundo a polícia, a mulher enviou várias mensagens a amigos por meio do WhatsApp pedindo desculpas.

Em uma delas, há uma gravação de voz em que ela culpa a família do ex-marido por seu sofrimento. "Eu precisava gravar esse áudio antes deu ir. Não tenha dúvida que eu amo as minhas filhas (...). Eu recebia ameaças o tempo inteiro que eles [ex-marido e parentes dele] iriam colocar minhas filhas contra mim. Agora acabou (...)", disse Ana Flávia.

Segundo a Polícia Civil, a enfermeira havia perdido a guarda da filha mais nova para o ex-marido no ano passado, o que a levou a desaparecer junto com as meninas em dezembro. Não há boletim de ocorrência sobre o caso, mas a ex-sogra da enfermeira tinha uma medida restritiva que impedia que Ana Flávia se aproximasse dela.

O corpo da mulher foi enterrado nesta segunda-feira em Barão de Cocais, na Região Central de Minas Gerais. As crianças serão veladas e enterradas nesta terça-feira (13) no Cemitério do Baú, em João Monlevade, também na Região Central do estado.

AUTOR: G1/MG

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