Aos poucos, o caminhão que Expedito Fontenele alugou vai ficando cheio de milho. Ele foi buscar o grão no armazém da Conab em Sobral, região norte do Ceará, e vai levar a carga para o município de Moraújo, a 80 quilômetros. O produtor está levando 140 sacas para serem distribuídas entre ele e mais cinco produtores da região. O problema é que a quantidade ainda não será suficiente para alimentar todo o rebanho.
“A gente compra no comércio local para complementar e é mais caro. Devido à seca, os animais dependem de tudo o que é fornecido pelo criador porque não tem pasto”, conta o criador.
A saca de milho foi reajustada em julho, passou de R$ 18,12 para R$ 23,10, mesmo assim, o valor continua mais baixo do que o praticado no mercado. “Se você comprar no mercado, vai comprar por R$ 35, de acordo com a distância, pode ser até mais caro. Fora isso, a saca pesa 50 quilos e aqui pesa 60 quilos”, diz o produtor Geovani Araújo.
Por causa dos preços, a procura é grande. Na Conab de Sobral, 5 mil produtores estão cadastrados para receber o milho. A última carga que chegou na sede foi em fevereiro deste ano e das 2 mil toneladas vindas do Maranhão, restam apenas 570, por isso, a distribuição do grão tem que ser controlada.
Raimundo de Oliveira pode comprar o milho da Conab. É a segunda vez, este ano, que ele adquire o grão, 50 sacas desta vez, que devem ser poupadas, para durar, pelo menos, três meses.
A gerência da Conab, em Sobral, informa que mais 2 mil toneladas de milho devem chegar ao galpão ainda este mês.
AUTOR: GLOBO RURAL
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