Fortaleza, que recebeu seis partidas, também já saiu do clima da festa do esporte. Entretanto, pelo menos para quatro mexicanos, a Copa ainda não terminou. Isto, pelo fato de que eles ainda estão na Capital cearense, sem previsão de retornar para casa. Não por querer, mas por estarem presos, após agredirem dois advogados cearenses na Praia de Iracema.
Os turistas Sérgio Israel Eguren Cornejo, 37 anos, Mateo Codinas Velten, 35, Rafael Miguel Medina Pederzini, 31, e Angel Rimak Eguren Cornejo, 34, estão recolhidos no Instituto Penal Francisco Hélio Viana de Araújo, em Fortaleza. Eles foram presos em flagrante, no dia 29 de junho, após espancarem os cearenses David de Queiroz Chaves e Maximiano Leite Barbosa Filho.
Esperança na Justiça
Durante a Copa do Mundo, 11 turistas foram detidos em Fortaleza, sendo um alemão, um grego, e o restante, mexicanos. Destes, quatro permanecem detidos.De acordo com o advogado de defesa dos mexicanos ainda presos em Fortaleza, Henrique Garcia, os turistas estão 'esperançosos' em conseguir liberdade através de habeas corpus.
"Eles estão esperançosos com a Justiça brasileira, que esperam que seja feita. Agora, aguardam o desenrolar do habeas corpus que foi solicitado", explicou.
A defesa dos mexicanos já havia pedido relaxamento da prisão, que foi indeferido no último dia 11. Antes, no dia 7, o pedido do habeas corpus foi feito pelos advogados de defesa.
"Estamos aguardando o julgamento do habeas corpus para traçar os próximos passos. Por enquanto, está tudo dentro do previsto", explicou Garcia.
Ainda segundo o advogado dos mexicanos, os quatro "dentro do possível, estão bem".
"Lógico, não é bom estar preso, não é agradável, mas eles estão psicologicamente bem. Estão sendo tratados de forma adequada, dentro do possível da realidade", relatou o advogado.
Cearenses
Dois cearenses terão uma lembrança da Copa do Mundo mais amarga do que a maioria dos brasileiros. Se dentro de campo a Seleção Brasileira foi 'surrada' por alemães e holandeses, fora dele, os dois homens sentiram na pele a violência dos punhos dos mexicanos. David de Queiroz Chaves e Maximiano Leite Barbosa Filho foram espancados na Praia de Iracema. David chegou a desmaiar no local enquanto era agredido.
Os dois cearenses são advogados. O Centro de Apoio e Defesa do Advogado e da Advocacia (Cadaa), que integra a Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará (OAB-CE) tem acompanhado o caso de perto.
Segundo o coordenador do Cadaa, José Navarro, as vítimas ainda se recuperam das agressões e não têm interferido no andamento do caso.
"O David foi quem ficou mais machucado, teve fratura na face. Mas os dois estão se recuperando bem. Eles só querem que seja cumprida a Lei. O habeas corpus ingressado pela defesa dos mexicanos vai ser ainda apreciado pela Câmara Criminal. A tendência é de que se mantenha a custódia dos agressores, já que não foi dada liminar relaxando a prisão", frisou.
Para Navarro, o caso repercute principalmente para apresentar uma outra faceta da Justiça brasileira perante o mundo, diferente do perfil de impunidade conhecido e lamentado.
"Este caso mostra uma nova imagem do País para o exterior, para não proliferar a ideia de que aqui é o País da impunidade, que qualquer um pode vir aqui e fazer o que bem quiser, que estará tudo bem. É uma decisão exemplar. Eles cometeram um ato delituoso e têm de cumprir de acordo com as Leis daqui. Desde a delegada que fez o procedimento inicial, tudo foi muito bem conduzido", opinou.
FIQUE POR DENTRO
Quarteto detido após agredir cearenses
Os quatro mexicanos estavam em Fortaleza para acompanhar a Seleção do México. Na noite de 29 de junho, se envolveram em briga após tentativa de assédio à esposa de um dos cearenses. Houve discussão que terminou em luta corporal. Um dos cearenses chegou a desmaiar enquanto era agredido. Populares e policiais militares que estavam próximos ao local intervieram e conseguiram socorrer as vítimas. Dois dos mexicanos são ex-deputados e foram exonerados de cargos públicos
AUTOR: DN
Os turistas Sérgio Israel Eguren Cornejo, 37 anos, Mateo Codinas Velten, 35, Rafael Miguel Medina Pederzini, 31, e Angel Rimak Eguren Cornejo, 34, estão recolhidos no Instituto Penal Francisco Hélio Viana de Araújo, em Fortaleza. Eles foram presos em flagrante, no dia 29 de junho, após espancarem os cearenses David de Queiroz Chaves e Maximiano Leite Barbosa Filho.
Esperança na Justiça
Durante a Copa do Mundo, 11 turistas foram detidos em Fortaleza, sendo um alemão, um grego, e o restante, mexicanos. Destes, quatro permanecem detidos.De acordo com o advogado de defesa dos mexicanos ainda presos em Fortaleza, Henrique Garcia, os turistas estão 'esperançosos' em conseguir liberdade através de habeas corpus.
"Eles estão esperançosos com a Justiça brasileira, que esperam que seja feita. Agora, aguardam o desenrolar do habeas corpus que foi solicitado", explicou.
A defesa dos mexicanos já havia pedido relaxamento da prisão, que foi indeferido no último dia 11. Antes, no dia 7, o pedido do habeas corpus foi feito pelos advogados de defesa.
"Estamos aguardando o julgamento do habeas corpus para traçar os próximos passos. Por enquanto, está tudo dentro do previsto", explicou Garcia.
Ainda segundo o advogado dos mexicanos, os quatro "dentro do possível, estão bem".
"Lógico, não é bom estar preso, não é agradável, mas eles estão psicologicamente bem. Estão sendo tratados de forma adequada, dentro do possível da realidade", relatou o advogado.
Cearenses
Dois cearenses terão uma lembrança da Copa do Mundo mais amarga do que a maioria dos brasileiros. Se dentro de campo a Seleção Brasileira foi 'surrada' por alemães e holandeses, fora dele, os dois homens sentiram na pele a violência dos punhos dos mexicanos. David de Queiroz Chaves e Maximiano Leite Barbosa Filho foram espancados na Praia de Iracema. David chegou a desmaiar no local enquanto era agredido.
Os dois cearenses são advogados. O Centro de Apoio e Defesa do Advogado e da Advocacia (Cadaa), que integra a Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará (OAB-CE) tem acompanhado o caso de perto.
Segundo o coordenador do Cadaa, José Navarro, as vítimas ainda se recuperam das agressões e não têm interferido no andamento do caso.
"O David foi quem ficou mais machucado, teve fratura na face. Mas os dois estão se recuperando bem. Eles só querem que seja cumprida a Lei. O habeas corpus ingressado pela defesa dos mexicanos vai ser ainda apreciado pela Câmara Criminal. A tendência é de que se mantenha a custódia dos agressores, já que não foi dada liminar relaxando a prisão", frisou.
Para Navarro, o caso repercute principalmente para apresentar uma outra faceta da Justiça brasileira perante o mundo, diferente do perfil de impunidade conhecido e lamentado.
"Este caso mostra uma nova imagem do País para o exterior, para não proliferar a ideia de que aqui é o País da impunidade, que qualquer um pode vir aqui e fazer o que bem quiser, que estará tudo bem. É uma decisão exemplar. Eles cometeram um ato delituoso e têm de cumprir de acordo com as Leis daqui. Desde a delegada que fez o procedimento inicial, tudo foi muito bem conduzido", opinou.
FIQUE POR DENTRO
Quarteto detido após agredir cearenses
Os quatro mexicanos estavam em Fortaleza para acompanhar a Seleção do México. Na noite de 29 de junho, se envolveram em briga após tentativa de assédio à esposa de um dos cearenses. Houve discussão que terminou em luta corporal. Um dos cearenses chegou a desmaiar enquanto era agredido. Populares e policiais militares que estavam próximos ao local intervieram e conseguiram socorrer as vítimas. Dois dos mexicanos são ex-deputados e foram exonerados de cargos públicos
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