Após a revogação pela Justiça da portaria que proibia a entrada de novos presos nas unidades carcerárias da Grande Fortaleza, a Polícia Civil reiniciou, ontem, a transferência detentos. Pelo menos, 49 detentos foram tirados das DPs e levados para os presídios. Isso, entretanto, ainda deixa as Delegacias Metropolitanas (DMs) e Distritos Policiais (DPs) com superlotação.
Até ontem, a Polícia Civil abrigava nas celas das DPs 729 presos, sendo 547 sob a responsabilidade dos Departamento de Polícia Metropolitana (DPM) e 182 com o Departamento de Polícia Especializada (DPE). O diretor do DPM, delegado Jairo Façanha Pequeno, contou que, antes que as transferências de presos para os presídios fossem proibidas, a Polícia Civil estava com 540 presos.
"Sem as condições mínimas de higiene, por exemplo, os presos ficam tensos e o risco de rebeliões e fugas é intenso e constante", salientou o delegado.
Superlotadas
Nas delegacias, a situação mais crítica está concentrada no 12º (Conjunto Ceará), com 33 presos; no 30º (São Cristóvão) e 34º (Centro), cada um deles com 30 presos, quando a capacidade é três vezes menor. Na Região Metropolitana, a tensão maior é no 18ºDP (Jurema), com 27; e na Delegacia Metropolitana de Maracanaú, com 25.
Os delegados Jairo Pequeno e Rommel Kerth, diretor do DPE, juntos, procuram soluções imediatas para o problema de superlotação. Sobre as 49 vagas oferecidas ontem, eles alegam que o número é insuficiente, pois só foram transferidos os que estavam na Delegacia de Capturas e Polinter (Decap).
Naquela Especializada estão recolhidos 26 mulheres e 79 homens, alguns deles sequer podem ser transferidos, pois são pessoas com direito à prisão especial. Jairo Pequeno explicou que, mesmo durante a proibição de transferência de presos, 11 foram encaminhados às unidades prisionais da RMF. "Foram na primeira semana e 50 na passada", reforçou o delegado.
Os diretores do DPM e DPE informaram que vão permanecer em contato com a Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus), para conseguir transferir o maior número possível de presos possível. Ambos esperam que, até o fim do próximo ano, seja inaugurado o Centro de Triagem, que permitirá a remoção dos presos mais rapidamente.
AUTOR: DN
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