Ruas do entorno do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, um dos principais cartões-postais de Fortaleza, se transformaram em uma verdadeira cracolândia.
Todos os dias, no cruzamento das ruas Boris com José Avelino, nas proximidades da Biblioteca Pública Governador Menezes Pimentel, dezenas de pessoas vendem e consomem drogas livremente, a qualquer hora do dia. São homens, mulheres, adultos, adolescentes e até crianças. A movimentação é maior à noite, nas terças e quintas, por ocasião da feira da Rua José Avelino, e aos domingos, quando a via fica tomada por pessoas consumindo crack.
Incomodados, comerciantes e frequentadores do Dragão do Mar reclamam da insegurança e do descaso do poder público com o equipamento. "Ninguém quer mais parar aqui. As pessoas que chegam, voltam com receio. A Rua Boris está um caso sério, faz anos que esses drogados vivem por aqui. Tem um que mora aí há mais de 12 anos, na calçada mesmo. Chega muita gente diferente. Os de fora a gente sabe que são das favelas do Baixa Pau e Oitão Preto. Já vi até criança de 13 anos entre eles", denuncia um comerciante que preferiu não se identificar.
Uma balconista conta que já cansou de ver a Polícia passar, ter um monte de gente consumindo drogas e ninguém fazer nada. "Está legalizado", critica. Por causa do grande número de pessoas consumindo drogas, o movimento em uma sorveteria próxima à cracolândia caiu consideravelmente. "O poder público deveria fazer alguma coisa, aqui é um centro cultural, merecia uma atenção maior". A balconista afirma que o ideal seria retirar essas pessoas da área e reforçar o policiamento. "Venho, porque é o jeito, mas morro de medo. A maioria deles anda armada com facas e pedaços de paus".
Denúncias
Todos os dias, uma publicitária que trabalha na Praia de Iracema, próximo à cracolândia, liga para a Polícia denunciando o comércio e consumo de droga, anota o protocolo, mas diz que os policiais nunca chegam. "O que me deixa mais indignada é que todo mundo sabe, mas ninguém faz nada. É um descaso muito grande com o Dragão do Mar e com a Praia de Iracema".
O relações públicas da Polícia Militar, tenente-coronel Fernando Albano, nega que a Polícia não aja. "A Polícia sempre busca agir, da melhor maneira possível, desde que seja acionada. Nós sempre agimos de forma pró-ativa, abordando os suspeitos", frisa. Albano informa ainda que o policiamento na área é feito por uma viatura do Ronda do Quarteirão, duas viaturas da BPTur e mais duas viaturas do Policiamento Ostensivo Geral.
A Polícia Civil não confirmou ter conhecimento da cracolândia do Dragão do Mar. Em nota emitida pela assessoria de imprensa, o órgão se limitou a dizer que "a Polícia Civil vem mapeando em Fortaleza as áreas onde existe maior incidência do tráfico de drogas. À medida em que são mapeadas essas áreas, são desenvolvidas ações no intuito de desarticular o tráfico no local. Após a conclusão desse levantamento, várias operações serão desencadeadas".
O secretário estadual da Cultura, Paulo Mamede, afirmou que estuda, junto às outras secretarias, como intervir no problema da insegurança do entorno do Dragão do Mar. "A questão da segurança não é só uma questão de Polícia. Estamos estudando uma forma de intervenção, mas intervenção com cultura, serviços públicos e também com a presença da força policial, mas, acima de tudo, uma segurança que veja que o problema não é um problema meramente de policia, mas um problema social".
Segundo Mamede, o Centro Cultural Dragão do Mar receberá nova iluminação da Prefeitura e fará parte de uma espécie de corredor cultural que será revitalizado na região. "A Prefeitura vai entregar a praça com uma nova iluminação e também haverá uma reforma do Teatro São José e da Praça do Cristo Redentor, ou seja, nós vamos ter um corredor praticamente todo novo voltado somente para as atividades culturais", disse.
AUTOR: DN
Incomodados, comerciantes e frequentadores do Dragão do Mar reclamam da insegurança e do descaso do poder público com o equipamento. "Ninguém quer mais parar aqui. As pessoas que chegam, voltam com receio. A Rua Boris está um caso sério, faz anos que esses drogados vivem por aqui. Tem um que mora aí há mais de 12 anos, na calçada mesmo. Chega muita gente diferente. Os de fora a gente sabe que são das favelas do Baixa Pau e Oitão Preto. Já vi até criança de 13 anos entre eles", denuncia um comerciante que preferiu não se identificar.
Uma balconista conta que já cansou de ver a Polícia passar, ter um monte de gente consumindo drogas e ninguém fazer nada. "Está legalizado", critica. Por causa do grande número de pessoas consumindo drogas, o movimento em uma sorveteria próxima à cracolândia caiu consideravelmente. "O poder público deveria fazer alguma coisa, aqui é um centro cultural, merecia uma atenção maior". A balconista afirma que o ideal seria retirar essas pessoas da área e reforçar o policiamento. "Venho, porque é o jeito, mas morro de medo. A maioria deles anda armada com facas e pedaços de paus".
Denúncias
Todos os dias, uma publicitária que trabalha na Praia de Iracema, próximo à cracolândia, liga para a Polícia denunciando o comércio e consumo de droga, anota o protocolo, mas diz que os policiais nunca chegam. "O que me deixa mais indignada é que todo mundo sabe, mas ninguém faz nada. É um descaso muito grande com o Dragão do Mar e com a Praia de Iracema".
O relações públicas da Polícia Militar, tenente-coronel Fernando Albano, nega que a Polícia não aja. "A Polícia sempre busca agir, da melhor maneira possível, desde que seja acionada. Nós sempre agimos de forma pró-ativa, abordando os suspeitos", frisa. Albano informa ainda que o policiamento na área é feito por uma viatura do Ronda do Quarteirão, duas viaturas da BPTur e mais duas viaturas do Policiamento Ostensivo Geral.
A Polícia Civil não confirmou ter conhecimento da cracolândia do Dragão do Mar. Em nota emitida pela assessoria de imprensa, o órgão se limitou a dizer que "a Polícia Civil vem mapeando em Fortaleza as áreas onde existe maior incidência do tráfico de drogas. À medida em que são mapeadas essas áreas, são desenvolvidas ações no intuito de desarticular o tráfico no local. Após a conclusão desse levantamento, várias operações serão desencadeadas".
O secretário estadual da Cultura, Paulo Mamede, afirmou que estuda, junto às outras secretarias, como intervir no problema da insegurança do entorno do Dragão do Mar. "A questão da segurança não é só uma questão de Polícia. Estamos estudando uma forma de intervenção, mas intervenção com cultura, serviços públicos e também com a presença da força policial, mas, acima de tudo, uma segurança que veja que o problema não é um problema meramente de policia, mas um problema social".
Segundo Mamede, o Centro Cultural Dragão do Mar receberá nova iluminação da Prefeitura e fará parte de uma espécie de corredor cultural que será revitalizado na região. "A Prefeitura vai entregar a praça com uma nova iluminação e também haverá uma reforma do Teatro São José e da Praça do Cristo Redentor, ou seja, nós vamos ter um corredor praticamente todo novo voltado somente para as atividades culturais", disse.
AUTOR: DN
Nenhum comentário:
Postar um comentário
IMPORTANTE
Todos os comentários postados neste Blog passam por moderação. Por este critério, os comentários podem ser liberados, bloqueados ou excluídos.
O TIANGUÁ AGORA descartará automaticamente os textos recebidos que contenham ataques pessoais, difamação, calúnia, ameaça, discriminação e demais crimes previstos em lei. GUGU