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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

KARATÊ UNE AS CRIANÇAS E JOVENS DE BAIRRO DE FORTALEZA (CE), AO RONDA DO QUARTEIRÃO



Soldado C. Silva é um dos organizadores do projeto que tira as crianças e os jovens das ruas Fotos: Kiko Silva

As crianças e jovens do bairro Bom Jardim estão mais próximas do Batalhão de Policiamento Comunitário (BPCom), Ronda do Quarteirão. O motivo dessa aproximação é á prática de uma milenar arte marcial, o karatê.

Há cerca de três anos, o policial militar Antônio das Chagas, 38, conhecido como soldado PM C. Silva, leva aos jovens da periferia um novo estilo de vida, o esporte, com o projeto ´Karatê Paixão´. São cerca de 70 crianças que descobriram no karatê, as noções de trabalho em equipe, disciplina e dedicação. O policial militar do BPCom é faixa preta 2º dan e campeão brasileiro em sua categoria.

Nuprev

O projeto teve início por meio do soldado, que já ensinava karatê para crianças. Com o tempo, o Comando do Ronda do Quarteirão se interessou pela atividade e designou o soldado para usar um espaço cedido pelo BPCom e fazer com que as crianças participassem de competição.

O projeto atualmente faz parte das atividades do Núcleo de Prevenção à Violência (Nuprev), que tem como chefe o tenente PM Messias Mendes.

O Nuprev atende às diretrizes de polícia cidadã da Secretaria de Segurança e Defesa Social (SSPDS) e do Comando Geral da Polícia Militar do Estado do Ceará (PMCe). De acordo com o tenente, o encanto pelo esporte traz um novo olhar de superação para os jovens que, muitas vezes, não possuem perspectivas de projetar a vida de uma maneira diferente, longe das drogas.

A ideia deu certo, e entre os alunos treinados pelo policial militar, muitos já são medalhistas de grandes campeonatos de dentro e fora do Estado.

"Passamos por muitas dificuldades. Já ensinava karatê e o nosso comandante, tenente Messias Mendes, incentivou o trabalho. Anteriormente, outros policiais eram envolvidos no projeto. Mas devido a transferências tiveram que sair e fiquei sozinho", explica o PM.

Mesmo sozinho o soldado não desistiu e continuou a treinar os alunos. Conforme o grupo foi crescendo, as dificuldades surgiram. Para o policial, um dos maiores problemas é a falta de recursos financeiros e patrocínios. "Conseguimos, recentemente, um patrocínio da marca Dog Crazy para os quimonos. Mas ainda precisamos de ajuda de custo para participar das competições", revela o soldado.

O policial explica, que algumas crianças passam a economizar na rotina diária para participar das competições. Os pais deles também ajudam e o próprio instrutor chega a pagar as inscrições dos alunos nas competições, como forma de incentivo, para que os pais possam arcar com as despesas apenas quando "aparecer dinheiro".

As crianças também são assíduas no projeto, sem faltas e sem atrasos. O clima de treinamento faz com que os jovens fiquem mais disciplinados e se dediquem ao esporte.

Garotos ficam no 2º lugar geral em campeonato

De acordo com o professor do projeto ´Karatê Paixão´, no começo da semana passada ocorreu o Campeonato Cearense de Karatê e a turma por ele treinada garantiu o segundo lugar geral na competição.

O soldado C. Silva acredita que os jovens são motivados, pois batalham para conseguir treinar, e já são referência de talento e determinação nos quadros da Federação Cearense de Karatê Interestilos (FCKI).

O PM informou que tem alunos campeões cearenses e que se esforçam para continuar no esporte, apesar da falta de dinheiro, pois a maioria tem baixo poder aquisitivo. Outro fato importante é que o projeto também se preocupa com a educação dos pequenos atletas.

Todos os alunos que conversaram com a reportagem informaram que estudam em escolas públicas das redes estadual ou municipal, na área do Bom Jardim ou bairros próximos.

Os alunos comentaram que o professor Antônio das Chagas se oferece para dar reforço nos estudos dos alunos durante o período de provas. Os caratecas também são liberados na semana de avaliações para se dedicarem somente aos estudos.

Os jovens também afirmaram que, quando um aluno apresenta boas notas, é recebido com palmas no momento da chegada na sala de treinamento. As palmas, que são uma forma de reconhecimento, vêm a partir da orientação do PM.

Outros projetos

O Ronda do Quarteirão é conhecido pelos projetos que tem gerado retorno na questão da aproximação entre Polícia e comunidade. Um dos principais trabalhos desenvolvidos é a ´Turminha do Ronda´, que foi criada em 2012 e leva diversão e consciência por meio de fantoches, dentro das escolas da Capital. Uma equipe de policiais desenvolve uma série de situações, em forma de teatro, como o caso dos trotes que são feitos por crianças, do uso de drogas e violência. Eles mostram para as crianças que a Polícia se desloca para uma ocorrência que se trata de um trote e pode deixar de salvar uma vida em decorrência da brincadeira.

Outro projeto que também tem feito a diferença nos bairros de periferia é o Programa Educacional de Resistência a Drogas e a Violência (Proerd), que tem formando crianças e adolescentes na Capital e no interior do Estado, com a participação de mais de 70 Municípios, em que o Ronda do Quarteirão atua. Além de 29 núcleos de policiamento comunitário e cinco células regionais. Mais de 140 mil crianças já passaram pelo Proerd.

Pais começam a praticar o esporte

Os pais das crianças também participam e apoiam as atividades esportivas ensinadas pelo soldado Chagas Silva. Alguns começaram a praticar o esporte por influência dos filhos.
Jane da Silva incentivou os filhos Kauã e Ruan na prática do karatê e também se tornou uma atleta. Outros pais tiveram a mesma iniciativa dentro do projeto

É o caso de Jane da Silva, 24. Ela é mãe de dois garotos, do Kauã Nicolas da Silva, de 7 anos, e do Ruan Pablo da Silva, 10 anos. Ambos treinam há um ano, sob o acompanhamento da mãe. Jane se envolveu tanto com a atividade dos filhos que acabou se tornando uma carateca ativa nas competições.

"Durante três meses, eu ia deixar meus filhos na aula e ficava esperando, mas, com o passar dos meses, me interessei tanto que resolvi participar. Só que eu não treino aqui junto com eles", explica a mãe.

Jane explicou que já possui medalhas e não é a única que se passou a treinar após acompanhar os filhos. "Outros pais também se interessaram pelo esporte e treinam em um outro espaço que foi cedido para o projeto.

O local onde as crianças treinam, que é o estádio do Bom Jardim, é uma base do Ronda do Quarteirão, localizado entre as ruas Manuel Galdino e Guararema. Recentemente, com o aumento da procura das crianças e jovens, o Centro Social Urbano Social (CSU), localizado no Conjunto Ceará, também se tornou um local para treino.

O professor de artes marciais explica que 90% dos alunos ainda estão "incertos" para participar em das próximas competições e faz um apelo para que os interessados em apoiar o projeto entrem em contato com o ´Karatê Paixão´.

Redes sociais

O grupo de artes marciais possui um perfil na rede social Facebook com o nome do projeto e está aberto para crianças e jovens que tenham interesse no esporte. "Muitos pais chegam apenas para acompanhar os filhos. Já teve casos em que os filhos pararam de praticar o esporte, mas os pais continuaram. É um trabalho para a comunidade em geral. E está aberto para quem desejar participar".

O QUE ELES PENSAM

Alunos treinam com dedicação

"Treino há um ano e passei a gostar mais do esporte quando fui aprendendo. Meu professor diz que sou uma promessa no karatê, com apenas seis anos. Sou tímido, mas quando começo a treinar os golpes não fico com vergonha. Meu pai me apoia e também começou com o karatê depois que me viu treinando. Gosto muito do projeto, pois fiz muitos amigos aqui"

Kauã Freitas
Atleta, 6 anos

"Treino há três anos e participo das competições há dois anos. Estudo no Caic do Bom Jardim, no 9º ano. Passei a ser mais disciplinado depois do karatê. Meu professor me apoia e meu pai também me dá incentivo, me acompanha nas competições. Sou vice-campeão Norte-Nordeste. Meu instrutor me ajuda nos treinos e também na escola, somos uma família"

João Victor
Atleta, 14 anos

"Treino desde 2010, quando o projeto começou. Antes eu gostava pouco, mas quando fui aprendendo passou a ser um estilo de vida. Minha irmã também participa do projeto e nós duas participamos de campeonatos. Sou vice-campeã brasileira e me sinto uma atleta. Estudo aqui no Bom Jardim e minhas notas melhoraram depois que comecei a treinar"

Luana Maciel
Atleta, 14 anos

AUTOR: DN

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