Três garotas suspeitas de terem assaltado e esfaqueado uma médica, na Praia de Futuro, no último sábado, foram apreendidas na tarde de ontem, na Favela do Coco, nas proximidades de onde o roubo aconteceu. As meninas, que têm 11, 13 e 14 anos, confessaram ter atacado a médica Larissa Costa Amorim, 23, que é residente e presta serviços no Hospital Geral do Exército.
A adolescente 14 anos confessou que esfaqueou a médica. Segundo informações que ela prestou à Polícia, naquele dia o trio havia tentado quatro assaltos, sem sucesso, e elas já estariam irritadas por isto. "As três estavam armadas com facas no momento do assalto. Elas roubaram os pertences e ainda feriram a vítima, sem motivo algum", disse o coronel João Batista Bezerra dos Santos, novo chefe do Comando de Policiamento da Capital (CPC).
A garota que diz ter desferido as facadas na vítima afirmou ainda, que caso seja internada em um centro educacional, quando sair vai fazer tudo novamente e que não sente arrependimento pelo ocorrido. "São jovens agressivas e sem norte. No momento em que foram abordadas, policiais de vagabundos. Imagine do que são capazes de fazer com um civil", afirma Batista.
Drogas
As três garotas foram autuadas em flagrante, por tentativa de homicídio, na Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA), já que, segundo a Polícia, as buscas por elas foram ininterruptas. Segundo o coronel Batista, apesar da pouca idade, as adolescentes e a criança são usuárias de drogas e praticam assaltos para poder comprar os entorpecentes. Elas fumam pedras de crack e maconha.
"Quando a vontade de consumir drogas aumenta, elas partem para conseguir o dinheiro a qualquer custo", disse o comandante do CPC.
Uma patrulha da 1ª Cia do 8º BPM (Aldeota), que participou da apreensão, achou uma das facas usadas nos assaltos, na casa onde as três suspeitas foram encontradas.
O comandante do Batalhão de Policiamento Turístico (BPTur), tenente-coronel PM Clairton Abreu, disse que o problema em que as meninas estão inseridas é uma questão grave. "Elas precisam sair do contato com as drogas. Antes de ser uma questão de Segurança Pública, isto é uma questão social".
Larissa saía de uma confraternização que acontecia em uma barraca, quando foi assaltada e esfaqueada. Ela foi socorrida por amigas e levada ao hospital. A médica foi submetida a uma cirurgia e já recebeu alta.
AUTOR: DN
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