IDENTIFICADOS RESPONSÁVEIS POR VÍDEO CONTRA MONTEIRO

O advogado Daniel Maia acompanha a apuração e falou da quebra do sigilo por ordem judicial FOTO: DIVULGAÇÃO. Valdetário Monteiro teve sua honra atacada, mas mesmo assim foi reeleito para presidir a OAB FOTO: JOSÉ LEOMAR

A Justiça já identificou os nomes dos usuários que postaram um vídeo de caráter ofensivo contra a honra do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará (OAB/CE), Valdetário Andrade Monteiro, dias antes de sua reeleição para comandar a entidade, em novembro do ano passado. Monteiro foi reeleito com cerca de 5, 2 mil votos.

Na época, dias antes da eleição, um vídeo passou a ser divulgado na internet atribuindo ao presidente condutas contra a sua honra, fato que provocou a abertura de um inquérito policial através da Delegacia de Defraudações e Falsificações. Uma perícia realizada na gravação mostrou que ela era falsa, fruto de uma edição criminosa para prejudicar a imagem do presidente da seccional e inviabilizar perante a classe a sua reeleição.

Nomes

Valdetário Monteiro ingressou com a representação na Polícia Civil pedindo a abertura de inquérito e a punição dos culpados. O advogado Daniel Maia passou a acompanhar a investigação representando juridicamente o presidente da OAB.

Segundo ele, o inquérito policial agora está tramitando na Sexta Vara Criminal de Fortaleza, com pedido de realização de novas diligências. A Justiça decretou o sigilo na apuração.

Contudo, paralelamente à investigação policial, foi ajuizada uma ação cível, que requereu das empresas GVT e Google do Brasil a identificação dos usuários responsáveis pela postagem do vídeo no Youtube. Ontem, as empresas forneceram a identificação dos responsáveis, depois de uma varredura. "As pessoas que montaram o vídeo e aquelas que fizeram sua colocação na internet já estão identificadas agora. Seus nomes já estão em poder da Justiça e as duas vão ser responsabilidades criminalmente e na esfera Cível", contou o advogado Daniel Maia.

Exemplo

Para o presidente da OAB/CE, "o caso deve servir de exemplo para as pessoas que praticam crimes cibernéticos ficarem sabendo que há mecanismos para sua rápida identificação e, portanto, sua punição perante à Justiça".

AUTOR: DN