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terça-feira, 21 de maio de 2013

ABUSADA DURANTE 12 ANOS, JOVEM DENUNCIA PAI E PADRASTO

Franciele e seu pai, acusado por ela de ter abusado sexualmente dela e de sua irmã, três anos mais nova, durante cinco anos. 

Durante mais da metade de sua vida, desde os sete anos de idade, a piauiense Franciele de Almeida Silva conviveu com o abuso sexual, a extrema violência psicológica e a sensação de que estava fazendo algo errado, quando na verdade ela era a maior vítima. Hoje, com 23 anos e coragem para denunciar tudo o que ela e a irmã mais nova sofreram, enfrenta a lentidão dos processos burocráticos de investigação e teme que seus agressores fiquem impunes. Os acusados são o próprio pai de Franciele e seu padrasto.

Franciele procurou há oito meses o Ministério Público de Piracuruca, município do interior do Piauí com pouco mais de 27 mil habitantes, localizado a 180 km ao Norte de Teresina. O objetivo principal era denunciar seu pai, o empresário Francisco das Chagas – conhecido na região como “Chico Machado” - pelo crime de estupro de vulnerável contra ela e sua irmã, três anos mais nova.


Além de seu pai, do qual ela conta ter sido vítima durante cinco anos, Franciele diz também ter sido abusada pelo seu padrasto, dos sete aos 14 anos, quando ainda morava com sua mãe. Ela diz que para fugir do pesadelo em que vivia com o homem, as meninas foram morar com o pai, e Franciele conta que uma nova fase, tão terrível quanto a anterior, teve início.

Pelo fato de o agressor ser seu pai e os abusos serem mais recentes, a jovem pretende primeiro denunciar o que aconteceu quando vivia com ele. Mas deseja, ainda, buscar justiça pelo que seu padrasto causou a ela.

Quando buscaram a comarca do município, as irmãs foram ouvidas pela promotora Karla Daniela Carvalho, que recebeu a denúncia e acionou a Polícia Civil do Piauí para que os crimes fossem investigados. O delegado que assumiu o caso é o titular do município, Ricardo Oliveira.

Contudo, Franciele conta que até hoje não obteve respostas concretas sobre seu caso e revela seu maior medo: que seu pai continue cometendo as mesmas violências com outras jovens e crianças. A vítima em potencial é a filha de seis anos do empresário, fruto do segundo casamento do homem.

“Ele hoje tem uma filhinha do segundo casamento, uma criança de seis anos de idade, que está dentro de casa com ele lá dentro. O que será que pode acontecer? A atual esposa dele não acredita na gente, não sabe do que ele é capaz, mas a gente teme pela nossa irmã, que é uma criança”, conta Franciele.

A estudante diz que desde que realizou a primeira denúncia, as informações repassadas a ela e à irmã são vagas e não garantem a elas que seu agressor responderá pelos crimes que cometeu. Um outro receio surge, então: pela demora para realizar as denúncias, ela teme que seu agressor não pague pelos crimes que cometeu.

Contudo, a demora tem um motivo. Desde que os abusos tiveram início até o dia em que ela saiu de casa e os estupros pararam, dos 14 aos 19 anos, foram necessários mais três anos de terapia para que ela tivesse coragem e força para contar tudo o que aconteceu e buscar justiça.

“Quando uma criança sofre algo assim, tudo muda na cabeça dela, a violência é física, mas a principal consequência é psicológica. As coisas que ele me dizia, que eu nunca seria respeitada caso denunciasse, foram fazendo eu me sentir culpada pelo que estava acontecendo. Só depois de três anos de terapia eu consegui ter coragem para buscar ajuda”, revela.

Como ocorriam os abusos

Era comum, segundo Fraciele, que o empresário realizasse viagens aos depósitos onde armazenava os produtos que comercializa, como arroz e óleo de soja. O homem possui galpões em municípios como Pedro II e Piripiri, e era para lá que levava as duas filhas, onde os abusos aconteciam.
Em geral, o pai de Franciele viajava apenas com uma das duas filhas, para que a outra não soubesse o que acontecia. Ela diz que somente no fim do ano passado teve a confirmação de sua irmã de que os abusos não aconteciam só com ela.A jovem conta que lembra até hoje como ocorreu o primeiro estupro. O pai, que já sabia dos abusos sofiros por Franciele pelo seu padrasto, quis confirmar se a menina continuava virgem.

"Enquanto eu morava com minha mãe, meu padrasto abusava de mim de diversas formas, mas nunca houve penetração. Meu pai, na primeira vez, quis 'conferir' isso. Depois do que houve, ele disse pra mim 'Eu andei sabendo do que ele fazia contigo, queria conferir se você ainda era virgem'. Isso nunca saiu da minha cabeça", contou ela.

Dentre outros atos cruéis contados pela jovem, ela também precisou fazer um aborto aos 16 anos de idade, depois de engravidar do seu pai. Ela revela que ele contatou uma médica que era sua amiga e a forçou a realizar uma curetagem.

"Eu quase morri nessa época, fiquei muito mal. Ele inventou que eu estava grávida de um namoradinho na época e fez ela fazer isso. Ela teria que ter procurado a polícia, porque sequer esse aborto poderia ter sido feito, mas nada aconteceu, tudo foi feito às escondidas e apagado", disse ela.

Inquérito corre sob sigilo

De acordo com o Ministério Público, a Polícia Civil foi acionada assim que foram recebidas as denúncias de Franciele e sua irmã. A ausência de informações, segundo a assessoria de comunicação do órgão, acontece por conta do caráter sigiloso do inquérito.

A promotora que recebeu as vítimas foi Karla Daniela Carvalho, mas hoje quem responde pela comarca de Piracuruca é Everângela Araújo Barros. A informação da promotora é de que a Polícia é que tem maiores informações sobre o caso, e não pode revelar muitos detalhes.

Franciele diz que tudo o que sabe é que poucas testemunhas foram ouvidas até agora e que seu pai ainda não foi chamado a depor. Procurado pela reportagem do Portal O Dia, o delegado Ricardo Oliveira não foi localizado. “Enquanto isso ele está livre, pode fazer o que quiser, porque ninguém acredita que ele seja capaz disso, está acima de qualquer suspeita. Eu fico indignada com isso”, lamenta ela.

Famílias preferem não acreditar nas vítimas

A história de Franciele revela ainda o que ela chama de "crime cultural". A visão de homens - bem - mais velhos com meninas - bem - novas é perfeitamente aceitável, ainda que a garota tenha 13 anos e o homem já tenha chegado aos 30. Ela diz que quando contou para sua mãe, em fevereiro deste ano, tudo o que passou com seu padrasto e seu pai, a reação foi de culpa e, em seguida, de tentar amenizar o que aconteceu.

"Assim que eu contei, ela se sentiu muito mal, disse que tinha culpa daquilo, que deveria ter percebido o que estava acontecendo quando eu ainda morava com ela. Ela disse 'Agora eu entendo porque você vivia chorando quando era criança', porque era isso que eu fazia. Eu me trancava no meu quarto e chorava, porque ele me ameaçava, dizia que ia desaparecer com a minha mãe. O que uma criança pode fazer quando a pessoa diz que vai dar um sumiço na sua mãe? Depois, ela ficou dizendo pra eu deixar pra lá, que isso não daria em nada e eu já esperava isso".

Franciele diz que a reação já era esperada por conta da forma como sua mãe foi criada. Quando se separou de seu pai, a avó de Franciele a orientou a procurar, o mais rapidamente possível, outro marido, porque "ser separada é muito feio". Assim, logo que conheceu seu padrasto, sua mãe se casou.

"Ela sempre foi uma mulher muito passiva, porque minha avó também era. A ideia sempre foi a de que o homem é centro da casa, o centro da família. Contar algo assim, questionar o caráter de um homem como ele, bem sucedido e com família, é uma afronta", revela.

Ela diz então que casos como o dela são comuns, mas a maioria das mulheres têm medo de denunciar, de expor a situação. Os principais sentimentos são culpa, vergonha e medo de serem desacreditadas pelos familiares.

"Meu pai me dizia que se eu contasse, meu nome iria para a lama, o meu nome e o dele. Que ninguém iria acreditar em mim. Demorou muito para eu ter coragem, foi preciso que eu fizesse terapia para conseguir falar a respeito, mas agora eu quero que eles paguem pelo que fizeram".

Para sair da casa de seu pai, Franciele prestou vestibular para Psicologia pela Universidade Federal do Piauí (Ufpi) e foi aprovada para o campus de Parnaíba, litoral do Estado, onde mora há três anos e onde busca expor seu caso.

No Facebook, jovem expõe o problema e pede agilidade em seu caso

Buscando justiça, Franciele contou em seu perfil na rede social tudo o que sofreu, revelando que casos como o dela são comuns, e como é difícil lutar contra a "proteção social" de que dispõem agressores como seu pai. Um homem influente, com dinheiro e "acima de qualquer suspeita". Ainda na rede social, a jovem conta que a luta está apenas começando.

AUTOR: PORTAL O DIA

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