Para Marcela Brito, briga entre torcidas exige mais atenção de autoridades e da sociedade
(Foto: Reprodução / TV Globo)
A captura do homem que atirou no jovem Lucas de Freitas Lyra, 19 anos, baleado em frente ao estádio dos Aflitos, no Recife, no último sábado (16), está sendo tratada com prioridade pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), por determinação da Secretaria de Defesa Social (SDS). “A investigação esta colhendo todas as informações. Estamos com dois delegados e a gente pretende elucidar esse caso o mais rápido possível”, disse o delegado Oswaldo Morais, chefe da Polícia Civil de Pernambuco.
Um dos delegados à frente da investigação é Isaias Régis, que passou todo o dia ouvindo parentes e amigos que estavam com a vítima no momento do disparo. As imagens da câmera de segurança da SDS também estão sendo analisadas. “As imagens mostram uma confusão entre a torcida do Náutico e alguns seguranças, que estão sendo identificados; nessa confusão houve um disparo de arma de fogo que atingiu a vitima. Estamos investigando se era legal eles estarem armados, se a empresa estava regular na Polícia Federal, se tinha um contrato, se estava tudo correto. Caso não haja a legalidade, é uma empresa clandestina e nós vamos tratar com a nova lei, como milícia”, afirmou Morais.
O delegado contou também que os registros das câmeras não estão totalmente nítidos, porque pegaram áreas de sombra, mas a perícia já esta trabalhando para melhorar as imagens que podem ajudar a identificar o suspeito.
A família se divide entre o apoio às investigações e as orações para Lucas, que foi submetido a uma cirurgia ainda na noite do sábado. Ele permanece em estado grave, entubado e sedado na Unidade de Suporte Avançado Neurológico do Hospital da Restauração, no bairro do Derby. Doações de sangue, de todos os tipos, estão sendo solicitadas no Hemocentro de Pernambuco (Hemope) para repor o estoque da unidade de saúde.
(Foto: Reprodução / TV Globo)
A captura do homem que atirou no jovem Lucas de Freitas Lyra, 19 anos, baleado em frente ao estádio dos Aflitos, no Recife, no último sábado (16), está sendo tratada com prioridade pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), por determinação da Secretaria de Defesa Social (SDS). “A investigação esta colhendo todas as informações. Estamos com dois delegados e a gente pretende elucidar esse caso o mais rápido possível”, disse o delegado Oswaldo Morais, chefe da Polícia Civil de Pernambuco.
Um dos delegados à frente da investigação é Isaias Régis, que passou todo o dia ouvindo parentes e amigos que estavam com a vítima no momento do disparo. As imagens da câmera de segurança da SDS também estão sendo analisadas. “As imagens mostram uma confusão entre a torcida do Náutico e alguns seguranças, que estão sendo identificados; nessa confusão houve um disparo de arma de fogo que atingiu a vitima. Estamos investigando se era legal eles estarem armados, se a empresa estava regular na Polícia Federal, se tinha um contrato, se estava tudo correto. Caso não haja a legalidade, é uma empresa clandestina e nós vamos tratar com a nova lei, como milícia”, afirmou Morais.
O delegado contou também que os registros das câmeras não estão totalmente nítidos, porque pegaram áreas de sombra, mas a perícia já esta trabalhando para melhorar as imagens que podem ajudar a identificar o suspeito.
A família se divide entre o apoio às investigações e as orações para Lucas, que foi submetido a uma cirurgia ainda na noite do sábado. Ele permanece em estado grave, entubado e sedado na Unidade de Suporte Avançado Neurológico do Hospital da Restauração, no bairro do Derby. Doações de sangue, de todos os tipos, estão sendo solicitadas no Hemocentro de Pernambuco (Hemope) para repor o estoque da unidade de saúde.
Chefe da Polícia Civil diz que investigação é prioritária (Foto: Reprodução / TV Globo)
A relações-públicas Marcela Araújo de Freitas Brito, prima de Lucas, conversou com a imprensa e afirmou que as preocupações da família vão além da saúde do rapaz. “A gente está no início de um projeto de Copa das Confederações, de Copa do Mundo; isso aconteceu com a família da gente agora, mas já vem acontecendo com outras famílias. Se não se tomar providencias sérias, vai acontecer na vida de outras pessoas. Não é possível que os nossos representantes permitam isso, eles estão lá para representar o que temos de melhor. Se a gente tem que representar isso para uma nação, não é possível... Eu e meu marido éramos algumas das pessoas que mandavam ele tomar muito cuidado com isso, porque a gente também vai a campo. E Lucas achava que não, que não ia acontecer nada, pelo simples amor ao Náutico”, disse.
Marcela também mencionou a confusão entre duas torcidas adversárias. “A gente fica triste porque acha que tem algumas coisas que poderiam ser modificadas. Mais uma vez foi em um encontro de torcidas e a gente pede um pouco mais de atenção nisso. Hoje a gente clama por isso, por uma responsabilidade totalmente social. Não dá mais para sair na rua com esse medo, só para assistir um jogo”, ressalta.
Entenda o caso
O Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciods) registrou a ocorrência, mas não tinha confirmação sobre qual seria o motivo da confusão. O que se sabe é que os rubro-negros passavam pela Avenida Rosa e Silva, depois de terem deixado o estádio da Ilha do Retiro, onde o Leão empatou em 2 a 2 com o Campinense, pela Copa do Nordeste.
A família contou à equipe da TV Globo que um ônibus comum de transporte urbano, onde estavam muitos torcedores do Sport, passava perto do estádio quando começou a provocação entre as torcidas. Houve gritaria e pedras foram arremessadas contra o veículo. Um motoqueiro que estaria na frente do ônibus, fazendo a escolta, teria disparado duas vezes, na direção da torcida, e uma das balas foi a que atingiu o jovem alvirrubro.
Outras testemunhas disseram que o homem teria a palavra "apoio" escrita nas costas da camiseta que usava. A versão da Polícia Militar é ligeiramente diferente. "O que os torcedores nos contaram é que havia esses homens que usavam uma camiseta onde estava escrito 'apoio', e estavam escoltando os ônibus. Um deles desceu de dentro de um ônibus da torcida do Sport e fez o disparo. A bala então acertou na cabeça do jovem", contou o major Jorge Araújo.
Soldados da PM, junto com torcedores que são médicos e enfermeiros, prestaram os primeiros socorros. Um torcedor cedeu o carro e o jovem baleado foi levado para o Hospital Agamenon Magalhães, na Tamarineira, onde deu entrada com vida. Ele foi transferido para o Hospital da Restauração, onde foi submetido a uma cirurgia.
A relações-públicas Marcela Araújo de Freitas Brito, prima de Lucas, conversou com a imprensa e afirmou que as preocupações da família vão além da saúde do rapaz. “A gente está no início de um projeto de Copa das Confederações, de Copa do Mundo; isso aconteceu com a família da gente agora, mas já vem acontecendo com outras famílias. Se não se tomar providencias sérias, vai acontecer na vida de outras pessoas. Não é possível que os nossos representantes permitam isso, eles estão lá para representar o que temos de melhor. Se a gente tem que representar isso para uma nação, não é possível... Eu e meu marido éramos algumas das pessoas que mandavam ele tomar muito cuidado com isso, porque a gente também vai a campo. E Lucas achava que não, que não ia acontecer nada, pelo simples amor ao Náutico”, disse.
Marcela também mencionou a confusão entre duas torcidas adversárias. “A gente fica triste porque acha que tem algumas coisas que poderiam ser modificadas. Mais uma vez foi em um encontro de torcidas e a gente pede um pouco mais de atenção nisso. Hoje a gente clama por isso, por uma responsabilidade totalmente social. Não dá mais para sair na rua com esse medo, só para assistir um jogo”, ressalta.
Entenda o caso
O Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciods) registrou a ocorrência, mas não tinha confirmação sobre qual seria o motivo da confusão. O que se sabe é que os rubro-negros passavam pela Avenida Rosa e Silva, depois de terem deixado o estádio da Ilha do Retiro, onde o Leão empatou em 2 a 2 com o Campinense, pela Copa do Nordeste.
A família contou à equipe da TV Globo que um ônibus comum de transporte urbano, onde estavam muitos torcedores do Sport, passava perto do estádio quando começou a provocação entre as torcidas. Houve gritaria e pedras foram arremessadas contra o veículo. Um motoqueiro que estaria na frente do ônibus, fazendo a escolta, teria disparado duas vezes, na direção da torcida, e uma das balas foi a que atingiu o jovem alvirrubro.
Outras testemunhas disseram que o homem teria a palavra "apoio" escrita nas costas da camiseta que usava. A versão da Polícia Militar é ligeiramente diferente. "O que os torcedores nos contaram é que havia esses homens que usavam uma camiseta onde estava escrito 'apoio', e estavam escoltando os ônibus. Um deles desceu de dentro de um ônibus da torcida do Sport e fez o disparo. A bala então acertou na cabeça do jovem", contou o major Jorge Araújo.
Soldados da PM, junto com torcedores que são médicos e enfermeiros, prestaram os primeiros socorros. Um torcedor cedeu o carro e o jovem baleado foi levado para o Hospital Agamenon Magalhães, na Tamarineira, onde deu entrada com vida. Ele foi transferido para o Hospital da Restauração, onde foi submetido a uma cirurgia.
Torcedor é baleado após confusão na frente do estádio dos Aflitos, no Recife. (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)
No ano passado, a Federação Pernambucana de Futebol conseguiu impedir na Justiça a entrada em campo das duas principais torcidas organizadas do Sport e do Santa Cruz, após protagonizarem cenas vandalismo em um clássico na Ilha do Retiro, pelo Pernambucano. Em 2011, a mesma torcida rubro-negra foi impedida de entrar no estádio na Série B do Brasileiro após depredar o ônibus do próprio clube ao ser derrotado pelo Goiás.
AUTOR: G1/PE
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