Na região Nordeste, 4,93 adolescentes a cada grupo de mil vão morrer de forma violenta antes de chegar aos 19 anos FOTO: AGÊNCIA BRASIL
Rio de Janeiro Três adolescentes em cada grupo de mil morrem no País antes de completar 19 anos, revela o Índice de Homicídios na Adolescência (IHA) divulgado ontem.
A taxa no Brasil cresceu 14% de 2009 para 2010. Os dados mostram que, entre as regiões, correm mais risco jovens do Nordeste, onde o IHA é 4,93, bem superior ao nacional (2,98). Estima-se que, entre 2010 e 2016, ocorram 13.094 assassinatos de adolescentes na região.
O Ceará saiu da 11ª colocação em 2009 para a 6ª em 2010. O IHA cearense, que era de 3,03, subiu para 4,28 de um ano para outro. Alagoas foi o Estado de maior índice (9,07) em 2010, seguido por Bahia (7.86), Espírito Santo (6,54), Paraíba (6,05) e pelo Pará (4,98).
"O Nordeste se consolida como maior polo de preocupação no país, sendo que Maceió e Salvador (por serem as capitais mais violentas) causam a maior preocupação", destacou Ignácio Cano, sociólogo e coordenador do estudo.
Fortaleza, com índice de 3,5, era a 9ª entre as capitais em 2009. No ano seguinte, o IHA da cidade chegou a 5,16, deixando-a em 7ª entre as capitais de 26 estados e do Distrito Federal.
Calculado pelo Laboratório de Análise da Violência (LAV) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), o IHA no País passou de 2,61 mortes por grupo de mil jovens em 2009 para 2,98 em 2010. O relatório mostra que a estimativa de homicídios de adolescentes num período de sete anos passou de 32.941 para 36.735.
Os dados, referentes a municípios com mais de 100 mil habitantes, foram divulgados ontem pela Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República, pelo Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef) e pela ONG Observatório de Favelas, no Rio.
Crescimento da violência
"Os dados de 2009 revelam que, para cada mil pessoas de 12 anos, 2,61 serão assassinadas antes de completarem a adolescência. Esse valor aumentou para 2,98 em 2010, o que representa um aumento inquietante da violência letal contra adolescentes no Brasil", diz o estudo.
A região Norte (3,62) está em segundo lugar no IHA, seguido do Sul (3,19) e do Centro-Oeste (2,97). O Sudeste tem a menor a taxa (2,01), mas a maior população, o que pode significar 12.475 jovens mortos no período. O IHA faz parte do Programa de Redução da Violência Letal (PRVL), criado em 2007.
AUTOR: DN
Rio de Janeiro Três adolescentes em cada grupo de mil morrem no País antes de completar 19 anos, revela o Índice de Homicídios na Adolescência (IHA) divulgado ontem.
A taxa no Brasil cresceu 14% de 2009 para 2010. Os dados mostram que, entre as regiões, correm mais risco jovens do Nordeste, onde o IHA é 4,93, bem superior ao nacional (2,98). Estima-se que, entre 2010 e 2016, ocorram 13.094 assassinatos de adolescentes na região.
O Ceará saiu da 11ª colocação em 2009 para a 6ª em 2010. O IHA cearense, que era de 3,03, subiu para 4,28 de um ano para outro. Alagoas foi o Estado de maior índice (9,07) em 2010, seguido por Bahia (7.86), Espírito Santo (6,54), Paraíba (6,05) e pelo Pará (4,98).
"O Nordeste se consolida como maior polo de preocupação no país, sendo que Maceió e Salvador (por serem as capitais mais violentas) causam a maior preocupação", destacou Ignácio Cano, sociólogo e coordenador do estudo.
Fortaleza, com índice de 3,5, era a 9ª entre as capitais em 2009. No ano seguinte, o IHA da cidade chegou a 5,16, deixando-a em 7ª entre as capitais de 26 estados e do Distrito Federal.
Calculado pelo Laboratório de Análise da Violência (LAV) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), o IHA no País passou de 2,61 mortes por grupo de mil jovens em 2009 para 2,98 em 2010. O relatório mostra que a estimativa de homicídios de adolescentes num período de sete anos passou de 32.941 para 36.735.
Os dados, referentes a municípios com mais de 100 mil habitantes, foram divulgados ontem pela Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República, pelo Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef) e pela ONG Observatório de Favelas, no Rio.
Crescimento da violência
"Os dados de 2009 revelam que, para cada mil pessoas de 12 anos, 2,61 serão assassinadas antes de completarem a adolescência. Esse valor aumentou para 2,98 em 2010, o que representa um aumento inquietante da violência letal contra adolescentes no Brasil", diz o estudo.
A região Norte (3,62) está em segundo lugar no IHA, seguido do Sul (3,19) e do Centro-Oeste (2,97). O Sudeste tem a menor a taxa (2,01), mas a maior população, o que pode significar 12.475 jovens mortos no período. O IHA faz parte do Programa de Redução da Violência Letal (PRVL), criado em 2007.
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