Dois trabalhadores morreram queimados enquanto trabalhavam em uma empresa de engenharia na Serra, na Grande Vitória. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do Estado (Sindimetal-ES), o tanque onde eles estavam pegou fogo na tarde desta sexta-feira (18). As vítimas foram levadas para o hospital Dório Silva, no mesmo município, mas não resistiram aos ferimentos na madrugada deste sábado (19). O diretor da empresa disse que tudo foi uma fatalidade.
Segundo a família, os trabalhadores tiveram 90% do corpos queimados. O ajudante de montagem Jandelson Alves Mudesto, de 39 anos, e o colega, o auxiliar Rafael Santana Lyrio, de 21 anos trabalhavam na empresa de engenharia Sanevix, localizada no bairro Civit 2, na Serra.
O diretor da empresa Sanevix, José Mauro Pegoretti, contou que Jandelson e Rafael faziam um serviço dentro de um tanque de esgoto, que foi levado para uma reparação. Segundo ele, os funcionários passavam uma resina na parede do tanque, enquanto um terceiro funcionário fazia uma solda em outro compartimento. “Foi quando um resquício da solda atravessou o tanque e caiu exatamente dentro do balde de resina, e aí o fogo começou. Foi uma fatalidade. Eu considero todos como filhos, eu digo isso sempre para a turma”, contou Pegoretti.
O diretor do Sindimetal, Walter Ribeiro, disse que a Justiça precisa prevalecer. “Vamos fazer todos os levantamentos, ver onde foi a falha e como tudo aconteceu. Serão tomados todos os encaminhamentos cabíveis perante a justiça e lei. Crime como esse não pode ficar impune”, disse Ribeiro.A irmã de Rafael Santana, Rafaela Lyrio, disse que há duas semanas o rapaz comentou que estava com medo de fazer esse tipo de serviço. “Ele não queria ser mandado embora e por isso tinha que fazer o serviço. Ele estava tão feliz, tinha tudo pela frente”, desabafou.
Os trabalhadores serão enterrados na manhã deste domingo (20). Jandelson Mudesto no cemitério Parque da Paz, em Cariacica, na Grande Vitória, e Rafael Lyrio em João Neiva, no Norte do estado.
FONTE: G1/ES
eu ja trabalhei nesta empresa e afirmo que este tipo de atividade lá é normal e comum... infelizmente uma trajedia teve que acontecer para que alguma providencia seja tomada.
ResponderExcluireu na minha opinião teve sim uma grande falha da segurança do trabalho primeiramente nao pode colocar pessoas novatas em trabalhos de risco sem experiência,nao teve um monitoramento de gases desprendidos do produto que estava sendo usado, e a maior falha foi a solda pois a faisca da solda ou de uma lixadeira jamais pode esta em contato com produtos químicos infelizmente a vida perdida nao tem como recuperar acho que todas as empresas deviam dar mais valor a vida e ter mais investimentos em segurança dos trabalhadores e mais treinamentos. por final as empresas so pensam em produzir e produzir e o sindicato deveria visitar mais as empresas e ver as condiçoes de trabalho dos trabalhadores que é uma vergonha no es
ResponderExcluirA Norma Regulamentadora "NR 33" é muito clara quanto ao treinamento em espaços confinados, esses treinamentos de 16h para os trabalhadores que adentram no espaço confinado e 40h para os supervisores e vigias, não autorizam a entrada, a entrada só será autorizada mediante preenchimento da PET - Permissão de Entrada. Infelizmente, as Empresas acham o custo do treinamento um pouco alto e colocam a vida dos trabalhadores em risco. Será que não seria mais barato o treinamento desses trabalhadores do que os gastos com a justiça?
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