Por volta das 17h de ontem, um grupo de cerca de 300 pessoas -- formado por sindicalistas e estudantes -- realizou um protesto na Assembleia contra o projeto. Os manifestantes invadiram o plenário, tomaram os assentos dos deputados, rasgaram a ordem do dia e jogaram os papéis nos parlamentares.
Para eles, a proposta é uma forma de "privatizar" o Estado e aumenta a possibilidade de eventuais irregularidades em convênios com ONGs.
Depois de a sessão ser suspensa, o presidente da Casa, Valdir Rossoni (PSDB), decidiu retomar a votação no "plenarinho" da Assembleia, em sessão fechada.
Cerca de 50 policiais à paisana, além de outros 20 seguranças, bloquearam as duas entradas do local, que permaneceram fechadas inclusive para a imprensa.
Os manifestantes, que inicialmente se negavam a deixar o plenário caso o projeto não fosse retirado de pauta, saíram somente depois de saberem que a sessão havia recomeçado, por volta de 21h. Não houve depredação.
Cerca de 30 minutos depois, quando o plenário estava desocupado, a sessão voltou a ser realizada no local.
"O presidente tem esse poder regimental. Eles estavam dentro do plenário, nós não queiramos confronto. Fizemos a sessão em outro local", disse Valdir Rossoni.
O deputado Reinhold Stephanes Jr. (PMDB) acusou os manifestantes de estarem protestando por terem sido "muito bem pagos" pelo PT, partido que faz oposição ao governo estadual.
"Foi uma barbaridade comandada pelo pessoal do PT", disse Stephanes Jr.
O deputado Enio Verri, presidente estadual do PT, negou a acusação. "Aqui tem vários partidos: PSOL, PSTU etc. É um movimento popular na sua mais fina síntese", disse.
AUTOR: G1
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